Harry Potter e o Conto dos Três Cajados
Capitulo 2 – O teste de Aparatar (POR PRISCILA SANTA ROSA)
 
Já fazia um bom tempo que Harry não voava em Bicuço e o Hipogrífo pareceu desconfortável com o peso a mais. Mas não deixou Harry cair o que deixou o jovem feliz.
- Quando vai devolver Bicuço ao Hagrid? – perguntou Harry para Sirius
- Logo, tenho que voltar a Hogwarts mesmo...Vou amanhã para o Beco Diagonal , depois o levo para lá.
- Será que eu podia usar ele para chegar no teste amanhã de manhã?
- Claro.
- E como é dar aula para os alunos de Hogwarts?
Sirius depois de ter limpado seu nome tinha se tornado professor de Defesa contra as Artes das Trevas, Harry nunca tinha conseguido assistir uma aula dele, que só era para os alunos do primeiro ao quarto ano, os outros anos ficaram com Arabella Figg amiga da Professora Minerva.
- É bem divertido! Consigo até assustar uns alunos do primeiro ano. Por quê ? Está pensando em trabalhar em Hogwarts? – perguntou Sirius sem soltar as rédeas de Bicuço.
- Não, já tenho a vaga no time de quadribol, lembra?
- Ah! É verdade. Não é o Leões Voadores, certo?
- É...Segundo lugar na liga. Será que vou sair bem?
- Por que não? Você pega o pomo antes de qualquer jogador da liga internacional! – exclamou Sirius quase soltando as rédeas dessa vez. – Chegamos! Lar doce lar! Desça Bicuço!
Bicuço pousou num jardim de uma casa de aparência estranha, nos conceitos de trouxas, estava toda esculpida em um grande carvalho, tinha uma varanda e uma garagem com uma moto gigantesca, que por algum motivo, fez Harry se lembrar de Hagrid...
- Espero que goste! Não é muito grande e está toda desarrumada , afinal fiquei fora 16 anos! – disse Sirius prendendo Bicuço em uma árvore.
Harry entrou no que seria sua casa a partir de agora, era muito diferente da dos Dursley e a dos Weasley. A sala tinha uma lareira de pedra e as paredes tinham quadros de o que Harry presumiu ser a família de Sirius, todos alegres acenado para ele. Havia uma mesa de mogno escuro, as cadeiras eram todas de madeira, mas a frente estava a porta para a cozinha e Harry , de relance, viu que os pratos estavam se lavando sozinhos. No chão da sala estavam jogados todos os tipos de coisa, desde pergaminhos amassados há botas de couro de dragão que se auto-limpam. Mais em frente estava à porta que levava para o corredor dos quartos, Harry entrou por ela, o corredor era estreito e tinha estantes nos dois lados , cheias de fotos de lugares e pessoas que nunca tinha visto, possivelmente familiares de Sirius. Então ele chegou no quarto de hóspedes, era enorme em comparação ao seu quarto na rua dos Alfeneiros:
- Não é muito grande, por enquanto só tenho esse arrumado – disse Sirius entrando no quarto com as malas de Harry e a gaiola de Edwiges flutuando atrás dele.
- É ótimo, pode deixar que eu mesmo me arrumo.
- Certo, se quiser comer alguma  é só ir na cozinha. Eu vou resolver umas coisas no ministério, voltarei em algumas horas.
- Tudo bem. – respondeu Harry descendo suas malas na cama.
Sirius assentiu com a cabeça e saiu do quarto fechando a porta atrás de si.
      Harry começou a tirar suas roupas das malas e colocar no armário.Depois se sentou na cama que de agora em diante seria sua, não sentia falta nenhuma dos Dursley. Pegou sua Firebolt X e começou a limpa-la, lembrando dos últimos anos nos Dursley, tio Valter se aposentou das brocas e vivia em casa tentando infernizar mais ainda a vida de Harry, Duda continuava mais gordo do que nunca , teve que ir num spa o que não adiantou muito pois tia Petúnia achava que ele tinha voltado só osso (o que Harry achava que Duda nunca mais ia ver). Já fazia um ano que ele não via eles, e não via motivo nenhum para não aumentar esse tempo. Deitou-se na cama , colocou sua Firebolt de volta na caixa e adormeceu.
   
- Vamos, querido! O táxi trouxa está esperando! – disse Molly Weasley empurrando Rony para longe da plataforma e longe de Hermione.
- Certo. – disse ele secamente.
A briga entre os dois piorara, muitas brigas já tinham ocorrido entre os dois, mas desta vez ela era sobre uma coisa tão ridícula que nem ele mesmo podia acreditar que ela tinha ocorrido. Mas Hermione era tão teimosa! Só que ele era mais. Quando se deu conta estava em frente à Toca. Ela estava igualzinha, nem os gnomos tinham mudado.
   Rony e a sra.Weasley entraram na casa vazia e silenciosa , nada de explosões e nem vampiros no sótão:
- Onde está todo mundo, mãe? – perguntou Rony.
  Sua mãe se virou para ele e com um sorriso orgulhoso falou:
- Todos ocupados! Sabe como é, seu pai no ministério, Percy trabalhando, Fred e Jorge na loja....
- E Gina?
- Escrevendo no quarto, daqui a pouco ela desce. Quer algo, querido? Os Sanduíches de mortadela estão na mesa, o jantar não vai demorar muito mas se quiser pode comer.
- Não, obrigado. Vou subir.
E assim Rony subiu as escadas em direção ao quarto mais alto da Toca. Ele já tinha que se abaixar para entrar, era o Weasley mais alto. Sentou-se na cama e começou, por alguma razão, lembrar dos últimos anos, Voldemort voltando no poder e os tempos sombrios também...Tudo acontecendo ao mesmo tempo...Harry tão cheio de problemas e tão distante, Hermione sempre preocupada com os pais e ele próprio sem ter notícias da família. E o pior, Rony ainda tremia ao lembrar, o ataque. Harry sendo torturado, Rony e Hermione sem poder fazer nada....
- Rony! Gina! Venham comer! – chamou Molly.
 
Hermione não podia acreditar, como Rony podia ser tão teimoso! Porque não falava! Estava sentada na cama com um livro no colo mas não tinha passado da primeira página. Ela achava que com tudo que eles haviam passado juntos não haveria mais segredos entre eles, mas ela mesma mantinha um segredo. Talvez estava sendo teimosa demais. “Talvez, talvez....não”. Ela tinha se com centrar no teste. Hermione voltou se para  a leitura do livro “Aparatar e Desaparatar com segurança”
 
- Acorde Harry! Seu teste! Vai se atrasar! – bateu na porta Sirius
- O que? O teste! – Harry se levantou rápido e seu vestiu mais rápido ainda.
Saiu para a cozinha onde Sirius estava se divertindo com panquecas voadoras, Harry pegou algumas delas no ar colocou na boca e murmurou algo como “Tchau” Sirius pareceu entender e assentiu para ele e desejou boa sorte.
        Bicuço já estava esperando por ele junto com Edwiges com uma carta, ele subiu em Bicuço pegou a carta dela e deu um pedaço da panqueca para a coruja que agradeceu com uma bicada na mão. Harry abriu a carta enquanto Bicuço decolava, era apenas a carta de confirmação do teste.
        Harry chegou no ministério algum tempo depois, amarrou Bicuço em uma árvore, o prédio era enorme e muito alto, tinha uma estátua de um bruxo muito velho na frente da entrada que era guardada por dois trolls , era engraçado pensar que os trouxas viam aquilo como uma simples loja de ferragens. Ele entrou e bruxa uniformizada veio atende-lo:
- Por favor informe seu nome e a razão de sua vinda. – ela parecia uma gravação de telefone trouxa.
- Sou Harry Potter – ela soltou uma exclamação de surpresa mas logo voltou a sua postura inicial – venho aqui para fazer o teste de aparatar.
- Oh, sim! Siga pelo corredor três e lá vai ter as informações do teste! Obrigada! – e a bruxa foi em direção de um duende que tinha acabado de entrar no prédio.
Harry  seguiu para o corredor que ela tinha indicado e lá encontrou Hermione discutindo com um bruxo que lembrava um pouco Severo Snape:
- A senhorita vai se retirar agora! – disse ele
- Ha! Estou aqui para fazer o teste e o senhor não vai impedir!
Harry chegou mais perto e Hermione logo que o viu começou a falar rápido:
- Harry! Pode acreditar nisso! Esse homem não quer me deixar entrar na sala do teste!
O homem a interrompeu:
- Ainda não é hora! Será que não entende?!
- Não fale besteiras, já me avisaram que tinha que entrar aí , há quinze minutos atrás!
De repente um homem baixinho e careca vestindo uma capa longa e gastada saiu da sala e murmurou algo para o homem com quem Hermione estava discutindo:
- Pode entrar , senhorita e senhor – e ele deu as costas para os dois e segui o homem baixinho.
Os dois  entraram na sala vazia, não era a sala do teste mas sim a sala de espera, tinha cadeiras em fileiras e uma porta ao fundo, não tinha janelas  nem ninguém para atende-los, então eles sentaram nas primeiras cadeiras mais próximas da porta. Mal sentaram quando Dino Thomas chegou, Harry e ele ficaram conversando sobre Quadribol enquanto Hermione lia um livro:
-  Pois é! Parece que os Corsários estão com um time forte esse ano.- disse Dino, Corsários era o time de quadribol primeiro da liga e o primeiro adversário do time de Harry.
-  É vai ser difícil vencer eles, mas o meu treinador já andou me pensando umas dicas
-  Ouvi dizer que Richard é dose para leão, Harry. Pode se preparar , vai ficar treinando sem parar.
E assim passaram os minutos e horas e a sala já estava cheia.
-  Onde estará aquele teimoso do Rony? Não acredito que vai perder o teste! – disse Hermione fechando o livro e se virando para Harry.
-  Não sei e afinal de contas fizeram as pazes?
Ela abriu a boca para responder quando a porta na frente deles  e um bruxo com uma cara que lembrava a de uma avestruz e levando um pergaminho de baixo do braço apareceu :
-  Vocês a partir de agora serão chamados em quartetos para fazer o teste – sua voz era aguda e fanhosa e se espalhou por toda a sala – Os três primeiros por favor me sigam.
Dino , Harry e Hermione com cara de Mas-Ele-Disse-Quatro-Pessoas seguiram o bruxo. E para a surpresa deles a sala de testes não era bem uma sala, era um enorme campo aberto cheios de bandeiras e uma colina ao fundo . Logo à frente deles estavam três bruxos e um jovem de cabelos ruivos, ele era Rony. Pareciam estar se dando muito bem, conversavam animadamente. Quando Rony viu-os veio em direção deles com um sorriso mas ao bater os olhos em Hermione o sorriso desapareceu:
-  Oh, você também está aqui – então ele se virou para Dino e Harry – Como vai o estúdio Dino? – perguntou ele enquanto sacudia a mão de Dino.
-  Quem são seus amigos? – perguntou Harry a Rony
-  Amigos? Ah, eles. São colegas de trabalho de papai. São os juízes do teste.
Então os quatro juízes vieram em direção deles:
-  O teste em si é bem simples. Vocês terão  que aparatar em três lugares determinados por nós e indicados pelas as bandeiras, depois deverão desaparatar para a bandeira azul. – disse o cara de avestruz – Vamos por ordem de chegada. Primeiro a Srta.Granger depois Ronald, seguidos por Sr.Potter e Sr.Thomas.Srta um passo a frente por favor.
    Hermione foi para a bandeira azul, um dos juízes o mais velho e baixo deu as coordenadas para ela.Em um piscar de olhos (ou até menos que isso) ela já estava  em uma bandeira três metros à frente e depois sete e por fim estava na última bandeira  de baixo da colina. Depois ela estava de volta na bandeira azul. Os juízes aplaudiram e seus comentários deixaram Hermione vermelha.
- Sua licença já pode ser feita e com vinte anos de duração! – falou o juiz  que usava óculos.
    De repente Harry foi abalado por uma dor repentina na testa.Não podia ser ele estava destruído...Mas tão rápido como tinha começado a dor parou “ Pode ser nervosismo” pensou a Harry, mas algo no fundo de sua mente sabia que não era.
    Rony já estava na última bandeira quando ele viu. Uma luz flutuando bem em cima dele, no topo da colina.
- Não se mexa! – gritou o juiz de óculos
Quatro pops! puderam ser ouvidos, todos os juízes estavam na colina.
    Pareciam que horas tinham se passado, todos estavam em silêncio, e nada de eles voltarem, de repente uma explosão na colina. Rony foi jogado para trás. Harry, Hermione e Dino, foram em direção a ele...

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