Harry Potter e o Portal do Dragão - Capitulo 2 - Na sala do dragão
Capitulo 2 - Na sala do Dragão

    Harry e Rony passaram pelos corredores escuros de Hogwarts, felizmente apenas encontraram o Barão Sangrento que pareceu não ter percebido sua passagem. Finalmente depois de alguns sustos com Pirraça os dois chegaram em segurança ao segundo andar. Como Fred e Jorge tinham falado, havia uma gárgula mal-encarada num canto do corredor,  o resto do lugar parecia vazio...
Harry sentiu um calafrio repentino...Mas ele e Rony, ainda com a capa de invisibilidade, seguiram para perto da gárgula.Quase não se podia ver a entrada secreta em que os gêmeos esbarraram,  se não fosse por uma pequena fenda. Harry começou a empurrar a parede, logo Rony começou a ajudar, em poucos minutos a parede foi para trás jogando os dois para dentro da escuridão.
- Lumos! - disseram baixinho, os dois. 
    A sala toda se iluminou, era redonda e enorme. As paredes eram todas de mosaico, tinham estrelas e piscavam de tempo em tempo, acima deles brilhava uma enorme lua. Como Fred e Jorge disseram, havia um dragão dormindo bem abaixo dos pés dos dois. Ele respirava calmamente, como se estivesse sonhando. Ele parecia tão real que Harry pensou em sair correndo, o dragão era prata e brilhava como a lua, tinha asas enormes que o envolviam totalmente deixando apenas sua cara para fora. O seu mosaico fica exatamente no centro da sala e envolta dele estava escrito algo que Harry não conseguia entender, Rony também estava olhando para as palavras:
- Isso, não é português..É latim. - disse ele finalmente.
- Como sabe? - perguntou Harry curioso, afinal Hermione é que teria a reposta
- Er...Sabe o brasão de Hogwarts que sempre fica atrás da mesa dos professores nas festas? - perguntou ele, Harry assentiu - Bem, está escrito "Draco Dormiens Nunquam Titillandus" ou algo assim. E uma vez eu perguntei para Hermione o que significava aquilo e ela respondeu "Se você lesse mais livros saberia ler latim".
- E?  - perguntou Harry
- Se aquilo era latim, isso também é, porque está escrito a mesma coisa. 
Harry então começou a ler com mais atenção e viu que Rony estava certo, era latim. Mas o que significava aquilo?
- Olha tem um pedaço do chão solto - falou Rony apontando para o centro da sala. Os dois foram mais perto do centro e viram que o pedaço solto correspondia ao olho fechado do dragão.
- Será que devemos colocar no lugar? - perguntou Harry pegando o pedaço do chão.
- Por que não? Se alguém pegar a gente aqui vão achar que fomos nós que quebramos.
Então Harry colocou o pedaço, ele se encaixou perfeitamente. De repente a sala toda começou a rodar ou seriam eles que estavam rodando? Harry não conseguia enxergar nada a sua frente, parecia que estava usando pó de Flu, ele teve que fechar os olhos para não vomitar. 
                                                                                               ****
    Finalmente, Harry sentiu seu corpo bater em algo duro e gelado. Abriu os olhos lentamente, estava morrendo de frio, que tipo de lugar seria aquele? Quando seus olhos estavam totalmente abertos, ele olhou para cima e para sua surpresa Harry, viu uma luz verde reluzente, virou para os lados, e percebeu que estava na sala comunal da Sonserina mais precisamente sentado em uma cadeira gelada, as paredes de pedra estavam decorados com o símbolo sonserino, e o chão com um tapete verde escuro. Os estudantes pareciam estar comemorando algo, talvez tivessem ganhado algum jogo de quadribol? Pensou Harry, mas então ele percebeu que Rony não estava com ele e nem naquela sala. Antes que ele pudesse fazer outra coisa, Pansy Parkison acompanhada de Crabbe e Goyle apareceu em sua frente:
- Ah! Ai está você Harry! Procuramos por todos os lugares! Onde se meteu? -disse a garota com os braços cruzados.
- Eu? Está falando comigo? 
- É claro que estou.  - disse ela indignada. Então Goyle fez uma coisa surpreendente, falou como gente normal: 
- Caro, Harry. Você não parecia muito bem, quando o deixamos ontem à noite  Talvez esteja cansado da comemoração? - a voz dele, era calma e ponderada,  nada parecida com os grunidos que saiam de sua boca normalmente. Crabbe  então falou no mesmo tom de voz que Goyle:
- Essas, "festas" plebéias sempre deixam todos fatigados. Professor Snape, é tão imaturo, deixando esses barulhentos, comemorarem nesse alto nível sonoro até o amanhecer.
Harry olhava para eles, sem poder falar. O que estava acontecendo? Professor Snape sendo bonzinho? Palavras saindo da boca dos capangas de Draco? E onde estava Draco?
- É verdade, não é Harry? - disse Pansy  sentando na cadeira ao lado de Harry.
- É, é claro....- disse sem certeza, talvez fosse melhor deixar que eles pensassem que ele fosse quem eles achavam que ele era.
- Tudo culpa, é claro, daquele metido do Malfoy. Só porque tem uma marca idiota na mão acha que pode sair aí quebrando regras , Snape ainda o protege e ele é da Grifinória!
Malfoy? Essa era Pansy Parkison, falando mal de Draco Malfoy? O que estava acontecendo? "Calma, Harry" pensou para si mesmo. "Não se desespere, o que foi a última coisa me lembro? Ah, é claro,. A sala com o dragão...Rony  e eu colocando o pedaço do mosaico...E começamos a girar e girar...Depois isso...Tenho que encontrar Rony o mais rápido possível". Ele se levantou e ignorando o comentário de Crabbe sobre Malfoy ("O rapaz é um caso comum de carência afetiva, afinal, perder os pais deixa qualquer um tão fraco como ele, com problemas graves de comportamento") foi em direção a saída da sala comunal.Talvez Rony estivesse no Salão Principal...Harry começou abrir a pedra de saída,  mal tinha saído quando bateu em alguém, era Argo Filch:
- Hihi, calma aí rapaz! Aonde vai? Devia estar comemorando como seus amiguinhos simpáticos! - disse ele com um sorriso extremamente estranho para uma cara que normalmente não está acostumada a ser vista com um. - Venha cá! - chamou Filch, Harry não se mexeu - Ora, venha cá rapaz! Não vou dar nenhuma detenção! Só queria dar um pirulito! 
 Filch deu três pulinhos e foi em direção a Harry, brincou um pouco com o pirulito e ele desapareceu de sua mão, depois Argo colocou a mão atrás da orelha de Harry e "tirou" o pirulito e enfiou o na boca de Harry: 
- Gostou? Um truque trouxa que o jovem Percinho me ensinou. Aquele garoto é demais - disse ele rindo.
Harry tirou o pirulito da boca quando finalmente Filch tinha ido embora cantarolando. "Isso está ficando cada vez mais estranho" pensou Harry. 
                                                                                        ***
    Depois de passar pelos corredores e encontrar do esquisito ao extraordinário (o incluiu a Murta-Que  Ri, a fantasma ria tanto que contagiava todos que passavam) Harry finalmente chegou no Salão Principal, estava vazio, exceto por alguns alunos que ainda comiam. Pelo céu Harry acreditava que eram mais de oito horas da manhã. Rony não estava a vista e Harry começou a ficar nervoso. Aquilo não era Hogwarts, apesar de ter a aparência dela, as pessoas olhavam para ele raiva, e sempre cochichavam algo quando ele passava perto delas. Tudo aquilo que estava acontecendo tinha a ver , com certeza, com a sala que Fred e Jorge falaram. O problema era que eles não disseram o que era aquela sala,e  para que servia. E o principal como se voltada para o normal...A única solução que apareceu na cabeça de Harry foi a que parecia a mais certa: perguntar a Dumbledore. Ele saberia a resposta, como sempre sabe. Então Harry respirou fundo, e seguiu para a sala aonde ele acreditava que encontraria Alvo Dumbledore.

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