Harry Potter e o Toque de Prometeu - Capítulo 7 - Londres - São
Petesburgo - Londres
Capítulo 7 - Londres - São Petesburgo - Londres
Sirius aparatou dentro de um banheiro da estação West End do metrô
londrino. Um sujeito em roupas de trouxa que lembravam ligeiramente um
terno amarrotado, estava de costas para ele, usando um mictório. Quando
Sirius apareceu, ele virou o rosto e disse "olá". Era Remo
Lupin. Sirius virou o rosto sem graça.
-Desculpe, Remo, cheguei numa hora errada.
-Não tem problema, isso acontece - Lupin Sorriu, enquanto finalizava
sua toalete e lavava as mãos - Meu faro de Lobisomem diz que estou
diante de alguém bastante contrariado...
-Aconteceram umas coisas neste fim de semana... encontrei Sheeba...
-Ótimo, hein? Já estava na hora de vocês se entenderem...
-É, mas brigamos outra vez...
-Porque?
-Snape! - Sirius antes latiu do que falou o nome.
-Oh, sim. Ela me contou isso uma vez. Eles se tornaram amigos - Lupin
revirava a bolsa em busca de algo- Ah, achei - Retirou uma coleira
grande e larga da bolsa.
-E você acha isso normal.
-Escute, Sirius, você sempre foi o maior cabeça dura que eu conheci.
Sheeba te ama, e você sabe disso. Ela te esperou QUATORZE anos. Acha
que se Snape tivesse a mais remota chance ela não teria cansado de
esperar? Agora, se você der o fora nela... (pode usar essa coleira por
favor?). Bem, se você der o fora nela, provavelmente Snape vai
consolá-la, cobria-la de gentilezas... e aí não se pode dizer o que
vai acontecer...
Sirius lutava para pôr a coleira no pescoço, e Lupin começou a
ajudá-lo. Neste momento entrou um trouxa muito bem vestido no banheiro
e olhou-os espantados. Lupin sorriu e disse jovialmente para ele:
-Teatro! Estamos ensaiando para uma performance!
O Homem pareceu desistir do que quer que tivesse ido fazer no banheiro
e saiu resmungando:
-Gays pervertidos!
-O que ele disse? - perguntou Sirius -
-Nada... dá para você se transformar agora? Isto é um disfarce,
precisamos dar um pulinho em San Petesburgo para eu comprar poção
mata-lobo. Eu nunca consigo fazer essa porcaria direito, melhor comprar
pronta.
Sirius transformou-se em um cão. Lupin pôs óculos escuros e
conjurou uma bengala e saíram do banheiro, com ele fingindo-se de cego.
Saíram do banheiro e foram andando ao longo da plataforma até que
viraram bruscamente em frente a uma parede e a atravessaram. Era uma
barreira. Havia algo que parecia uma escada rolante, com a diferença de
ser reta. Uma placa dizia: Desce: estação Shadow Cross , Sobe: Lojas
de Bruxaria. Lupin guardou os óculos e a bengala (bruxos eram bem mais
liberais quanto à presença de animais no metrô!) e disse para a
escada:
-Desce! - A escada inclinou-se para baixo, levando-os a uma grande
estação circular, de onde saíam cerca de vinte plataformas, onde
haviam trens para todos os lugares do mundo. Uma placa dizia:
"Subterrâneo Mágico Mundial - Estação Shadow Cross - Londres -
Inglaterra."
Em cada plataforma estava parado um trem diferente, e cada um conduzia
a um lugar do mundo. Em cada plataforma, havia uma placa com a bandeira
do país e o nome da estação terminal: "Le poisson noire -Paris-
France", "Liberty Owl - New York - USA", "Toca dos
Sacis- Rio de Janeiro - Brasil", e muitos outros para países
próximos e distantes. Lupin comprou dois bilhetes "Londres - São
Petesburgo - Londres" para ele e Sirius (Bruxos eram liberais com
bichos de estimação, mas cobravam por isso), e os dois embarcaram rumo
à estação "Rhussian Rhapysodia", ao lado da plataforma que
levava ao Japão.
Cerca de meia hora depois, desembarcaram na estação russa. Lupin
disse algo em russo para uma escada rolante que os levou a um segundo
piso cheio de lojas de artigos mágicos, onde foram direto a uma lojinha
de poções. No balcão, dois Bruxos com barbas até a cintura,
pesadamente encasacados, esperavam por clientes. O menor era do tamanho
do Professor Flitwick, o maior, era quase do tamanho de Rúbeo Hagrid.
O menor saudou Lupin efusivamente:
-Lupin! Poçón Mata-lobo, cerrto?
-Olá! Nicolay! Bom dia, Djimitry!
-Grunf! - respondeu o bruxo maior. Nicolay comentou com Lupin:
-Djimitry mau humor hoche. Perder dinheiro em aposta.
Enquanto o bruxo ia pondo a poção de Lupin no frasco , ele e Lupin
engataram uma conversa que começou a entediar Sirius. Ele se virou e
ficou observando o movimento. De repente farejou alguém e ganiu para
Lupin, que neste momento esperava o troco dos três galeões que dera
por sua poção. Lupin olhou-o sem entender muito e Sirius disparou,
carregando Lupin pendurado na coleira, escada baixo. Lupin disse calmo,
mas bem contrariado:
-Seja lá o que for, Sirius, você vai depois lá em cima buscar meu
troco!
Sirius carregou-o seguindo a pista de um bruxo alto, encapuzado com um
casaco peludo, que entrava no trem para Nova York. Antes do trem partir,
o bruxo desceu o capuz e Lupin pôde ver o que Sirius queria mostrar.
Sentado num banco, dentro do trem que partia, estava o Death Eater
renegado que supostamente estaria escondido no metrô de Londres, dando
suporte a Wormtail, Karkaroff.
Lupin resolveu que deviam voltar imediatamente a Londres, deixando seu
troco para lá. Com sorte, ele alcançaria Dumbledore e diria que se
havia um death eather se encontrando com Wormtail, com certeza não era
Karkaroff. Ao chegarem em Londres, correram apressados para o banheiro
onde um ansioso Sirius retornou rapidamente a forma humana.
-Se não é Karkaroff que está se encontrando com Wormtail, então
muito provavelmente temos um outro Death Eater envolvido, diferente dos
que já conhecemos...provavelmente um neófito como aquele Quirrell!
-Sirius, Acho melhor deixar você no quarto que eu estou aqui em
Londres, é num bairro trouxa, mas dá para ficar razoavelmente
incógnito. Enquanto você fica lá, eu procuro Dumbledore.
-Ele deve estar no ministério da magia hoje. Sheeba viu isso ontem.
-Ótimo. Ele não disse na reunião da ordem onde ia hoje. Vamos adiar
por hoje o plano. Espero conseguirmos descobrir quem é o Death Eather
até a noite de amanhã... você sabe que eu fico imprestável. Lua
cheia.
Saíram do banheiro, com Sirius na forma humana, e procuraram ser
discretos ao pôr um feitiço de memória num segurança da estação
que podia jurar que aquele sujeito era cego e que o outro, o grandalhão,
surgira do nada. Tomaram o trem normal até a estação de East End,
onde saltaram e Lupin conduziu Sirius até a espelunca onde alugara seu
quarto. Um trouxa gordo lia jornal atrás do balcão e depois de
entregar a chave a Lupin resmungou, quando eles viraram-lhe as costas:
-Gays!
-O que você disse? - Sirius virou-se rosnando, na sua expressão mais
canina, ameaçador.
-Nada, não falei nada.
Subiram a escada e entraram em um quarto imundo com duas camas,
cheirando a mofo.
-Ótimo! - Sirius disse atirando-se em uma cama e chutando as botas
para o alto - De volta à velha caverna cheia de pulgas...
-O quê?
-Nada, não. Lupin, o que quer dizer "Gay"?
-Para a segurança daquele sujeito lá embaixo, é melhor que você
não saiba...