Capítulo 8 - A Melhor Noite do Mundo
 
- Draco! - suspirou Gina, correndo ao encontro do garoto pálido e sorridente que entrava pelo lado oposto da sala.
- Gina, minha Gina.... - ele disse, apertando o corpo da garota num abraço sem fim.
A lareira crepitava, como sempre, e iluminava os corpos grudados de Draco e Gina, que, abraçados murmuravam:
Tanta saudade...
Que gente horrível...
Ninguém tem nada a ver com a gente...
... e eu gosto tanto de você ...
Tô pouco me importando com os outros...
Ele apoiou a nuca de Gina em sua mão e puxou o seu rosto para perto. Sussurrou baixinho, no ouvido dela:
- Eu te amo, Gina Weasley, da Grifinória e sem um Galeão no bolso
Ele corou, virou o rosto de Draco e disse, no mesmo tom:
- Não mais do que eu te amo, Draco Malfoy, da Sonserina, frio, e que tentou matar a maioria dos meus conhecidos
Uma lágrima brotou do canto do olho de Draco, e ele sussurrou:
- Eu me arrependo tanto... eu sinto.. sinto muito... Gina
- Tudo bem, Draco, eu entendo - ela disse, olhando muito calma dentro dos olhos dele.
 
Ele não pode mais se controlar e arrebatou Gina com um beijo forte e apaixonado, que arrepiou todos os poros do corpo de Draco e fez com que as pernas de Gina amolecessem de todo. Ela se apoiou nele, que a carregou devagar até o maior sofá, e, sem deixar de beijá-la, deitou a garota, se ajoelhando ao seu lado, no chão.
- Gina, eu te amo, eu te amo, eu te amo... - ele murmurava, entre beijos.
Ela, com o corpo tremendo e as mãos em chamas, puxou Draco para cima do sofá, ao lado dela, o corpo dele pressionando o de Gina, com força, contra o encosto, as mão dele firmemente livres pelas costas da garota e ela, devagar, puxava a camisa de Draco, com força, da cintura para a cabeça, para fora do corpo dele.
Draco, nessa hora, não conseguia mais pensar em nada que não fosse o corpo macio de Gina colado ao seu, e como ela parecia linda e ardente sob a luz da lareira.
Ele começou a desabotoar as vestes de Gina com a mão direita, enquanto a esquerda já entrava sob a camiseta dela e acariciava a pele quente das suas costas. Gina ajudou Draco a soltar o resto das vestes, e logo ele estava só de calça e ela com a camiseta e a roupa de baixo. Continuavam se beijando ardentemente, se abraçando e com as mãos furiosas buscando o corpo um do outro.
Gina estava sobre Draco, e passava as mãos pelas costas nuas dele, sentindo os músculos se contraírem, e os pelos se arrepiarem. Draco tentava tirar a camiseta de Gina, mas era muito apertada, então ele tirou as mãos do corpo dela, soltou sua boca e perguntou, sério:
- Você tem certeza que quer isso, Gina, comigo?
Ela sorriu, os olhos brilhando, calmamente respondeu:
- Quero mais do que qualquer coisa, e sim, quero que seja com você.
- Eu também quero que seja com você. - Ele beijou suavemente a testa dele, e num impulso, rasgou a camiseta de Gina, com um estampido.
Ela soltou um gemido de exclamação, mas a roupa já estava largada no chão da sala e nada além de Draco ocupava seus pensamentos. As mãos dela correram pela barriga dele até o fecho da calça, que logo ocupava o seu lugar, ao lado da camiseta, da camisa, das vestes e dos sapatos esquecidos.
 
Eram três e meia da manhã quando estremeceram, Gina gritou, pálida e suada, abafada pela boca de Draco, e ele, carinhosamente, tirou uma mecha de cabelos de fogo que escorriam pelo rosto dela e murmurou:
- Eu amo você, Gina, só você.
Se beijaram e adormeceram, abraçados. Nem Gina nem Draco sonharam coisa alguma. O grande sonho já estava realizado. De agora, até o fim dos tempos, Gina teria um pedaço de Draco em si e ele, um pedaço brilhante de Gina por dentro.
Draco acordou, as sete da manhã, daquilo que fora a melhor noite do mundo, primeiramente, ficou maravilhado ao ver Gina adormecida no seu ombro, o que além de poético, comprovava que não havia sido um sonho. Depois, como num choque, levantou-se assustado. Que horas seriam? E se alguém aparecesse!?
- Hmm... - gemeu Gina, acordando com o salto de Draco. Abriu os olhos devagar, viu o garoto nu, parado à sua frente, sorrindo- ... não era um sonho...
- Não, não era, querida - ele disse, se ajoelhando ao lado do sofá, beijando de leve os lábios de Gina, enquanto ela segurava ambas as mãos dele. - Mas nós temos que ir para as torres, antes que alguém perceba que a gente não dormiu lá...
- É verdade - ela disse, sentando, ainda tendo as mãos de Draco entre as suas. Puxou-o para mais um beijo e soltou as mãos dele, que passou a juntar as peças de roupa espalhadas pela sala.
Entregou as roupas íntimas de Gina, as vestes, desculpou-se pela camiseta e se vestiu, enquanto ela terminava de calçar os sapatos. Saíram da sala de mãos dadas, já estava na hora do café, mas não podiam aparecer juntos. Ela foi até a biblioteca e, sem Pince ver, sentou se numa mesa ao fundo e apoiou a cabeça num livro grosso, como se estivesse dormindo e esperou. Esperou pouco, porque logo a bibliotecária gritou:
- De novo! Srta. Weasley! - começou a cutucar Gina, que fingia acordar.
- Hmm... Srta. Pince...?
- Eu sei que a Srta. é muito solitária e que gosta de ler, mas é a terceira vez que dorme na biblioteca e isso não lhe faz bem...
- Tudo.. tudo bem... - e levantou devagar, esperando o plano terminar. E terminou perfeitamente. Rony entrou pela porta correndo e disse, enquanto a puxava pelo braço:
- Nossa... que susto você me deu Gina, que bom que você está aqui, eu fiquei imaginando que você estava com o nojento do Malfoy...
- Sr. Weasley, trate de ser mais agradável com a sua irmã, pobrezinha, vive dormindo aqui, fica sozinha o tempo todo. - disse Pince, baixinho, com voz de bibliotecária, enquanto Gina corava.
- Desculpa por ontem, Gina - disse Rony, enquanto saíam da biblioteca - ...é que não dá pra entender mesmo, você e o Malfoy, juntos?
- Rony, eu não quero falar sobre isso, tá bom? - ela disse, enquanto entravam pela porta do salão principal, obviamente não sem antes lançar um olhar para o salão de inverno, que como única recordação, tinha algumas almofadas no chão e o sofá amassado.
- Eu sei que não dá pra controlar o coração, Gina - ele disse, com voz pausada. - Mas o Malfoy!?!
- Rony, por favor...
- Tá bom, Gina, eu paro. Mas tem certeza do que você tá fazendo? - ele segurou o braço dela, antes de sentarem à mesa - Você sabe que todos odeiam o Malfoy, e que ele não deve estar cheio de boas intenções... certo?
Ela soltou o braço de Rony e sentou no espaço ao lado de Harry, dizendo:
- Eu sei o que eu preciso saber, e eu não odeio o Draco.
 
Rony sentou, inconformado, e começou a comer o mingau de aveia. Harry olhou para Gina e sorriu, como se sua tolerância fosse um pedido de desculpas pelo beijo. Hermione logo chegou, e, após sentar, murmurou:
- Gina, aonde você dormiu? - ela olhava para Harry e Rony, que não pareciam mais abalados.
- Na biblioteca - disse Rony - e não vamos mais falar sobre aquilo, tudo bem?
- Por mim... - disse Harry, cutucando Hermione por baixo da mesa.
- Hmm... pra mim tá bom... - Mione disse
Gina simplesmente continuou comendo, até que ouviu Colin falar para a garota ao lado:
- Aquele ali, que tá entrando agora - e então, mais baixo, mas ainda perfeitamente audível - é o Draco Malfoy, namorado da Gina.
 
Toda a mesa da Grifinória se virou para ver Draco, que entrava devagar e sozinho. Chocados, viram a monitora da Sonserina, Violeta, amontoar os alunos do lado oposto a onde Draco se sentara. Gina sorriu para ele, que havia trocado de roupa antes de entrar, e que tinha os cabelos providencialmente molhados.
Cochichos percorriam o salão. Então era verdade, se os Sonserinos estavam evitando o todo poderoso Malfoy... no meio do burburinho, Gina levantou, e atravessou o salão rapidamente, sentando ao lado de Draco, na mesa da Sonserina.
Houve um silêncio repentino. Draco apertou a mão de Gina sob a mesa. Ela se virou, e, ao mesmo tempo em que Rony desviava o olhar e Snape fuzilava-os com os olhos, eles se beijaram. O salão irrompeu em cochichos.
- Bom dia, Gin... - disse Draco, sorrindo.
- Bom dia, querido Draco - ela respondeu, como se fosse a coisa mais normal do mundo uma Grifinória sentar na mesa da Sonserina. - Passe me o chá por favor...
- Claro. - e encheu a xícara de Gina com o chá do bule mais próximo, enquanto comia um biscoito.

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