O Expresso Hogwarts parou, como todo 1º de Setembro, na estação de Hogsmeade. Harry,
Rony e Hermione estavam animados por estar em Hogwarts novamente, iriam começar
o 3º ano. Harry parecia o mais feliz dentre eles, pois teve mais uma
aborrecida férias de verão com os Dursley. Hermione, como sempre só
pensava em estudar:
-Mione, já é a
décima vez que você me lembra que temos matérias novas...- disse um Rony
irritado.
***
Chegando no
banquete de boas-vindas. Harry, Rony e Hermione se dirigiram à mesa da
Grifinória. Harry logo avistou Draco na mesa da Sonserina, ele trazia um
largo sorriso no rosto, como se acabassem de lhe dizer que todos os
“sangues - ruins ”, como ele se referia a pessoas nascidas trouxas,
seriam expulsas de Hogwarts.
Harry sintonizou
seus olhos na mesa dos professores, onde a cadeira de Alvo Dumbledore estava
fazia. Harry achou estranho, o diretor nunca perdia um banquete. Ia comentar
com Hermione quando McGonagall pediu silêncio:
-Queridos
alunos – disse com uma voz chorosa – sejam bem-vindos a Hogwarts – agora
ela se segurava para não cair no choro -. Antes da cerimônia da Seleção...
Bem, eu...Eu quero lhes dar uma notícia horrível – parou e respirou
fundo – o diretor Alvo Dumbledore nos deixou...
-Como
nos deixou? – interrompeu uma aluna da Corvinal – Ele pediu demissão ?
-Não
minha querida, Alvo nos deixou para sempre...ele, ele...faleceu..
Ouve um silêncio
mortal. Harry sentiu como se algo dentro dele tivesse o abandonado, um vazio
e uma vontade de chorar: “ Não pode ser verdade”- pensou. Olhou para
Rony e Hermione, eles pareciam prestes a chorar também. McGonagall voltou a
falar:
-Vamos
sentir muitas saudades de Alvo... Mas Hogwarts vai funcionar normalmente, não
tão bem como antes, mas vou dar o melhor de mim, enquanto diretora provisória.
Harry continuou
em silêncio absoluto , só sua cabeçaé que não parava, com milhares de pensamentos: “Como morreu, ele
era meu amigo, conselheiro, um bruxo que sonho ser um dia”. Harry voltou a
olhar para a mesa da Sonserina, e lá estava Draco com um sorriso maior que
o de antes. Harry sentiu um ódio lhe subir pelo corpo: “Como Draco
poderia ser tão insensível, a ponto de rir da morte de alguém”. Em
seguida olhou para Hermione, que estava chorando, quis consolá-la, mas as
palavras não saiam de sua boca. Harry realmente, é que queria ser
consolado.
McGonagall pediu
um minuto de silêncio, em homenagem a Dumbledore. E em seguida anunciou que
terminada esta homenagem, a Seleção teria início.
A Seleção teve
início, mas ninguém realmente estava interessado nisto. Poucos cantaram o
hino de Hogwarts e somente o detestável Draco Malfoy tocou na comida.
***
Os alunos se
dirigiram para seus respectivos dormitórios. Harry não falou nada com Rony
e Hermione, e estes também permaneceram calados. Quando estavam quase
chegando à torre de Grifinória, Hermione quebrou o silêncio:
-Bem,
eu sei que vocês dois estão sofrendo muito, principalmente você Harry –
disse a garota olhando para Harry – mas, vocês pensaram em como ou porque
Dumbledore morreu?
Realmente Harry não
tinha pensado nisso. Mas era uma boa pergunta. Como Dumbledore morrera? Rony
teve uma idéia que pareceu quase óbvia:
-Quem
sabe, de velhice. Ele já era bem velho, não era?
-É...
deve ser isso.- disse Hermione desapontada por não ter pensado nesta hipótese
antes.
Harry não disse
nada. Ainda lhe doía muito saber que não teria mais Dumbledore cuidando da
escola, alegrando as festas e dando conselhos sábios. Rony e Hermione
pareciam entender a dor do amigo, eles também não se sentiam bem para
falar muito.
Chegando ao
retrato da Mulher Gorda, Hermione disse a senha e os três entraram. Harry e
Rony foram para o dormitório dos garotos e Hermione para o das garotas.
Rony rolou muito
na cama antes de dormir. Na verdade já eram quase três horas da madrugada
e muitos ainda estavam acordados. Harry também não conseguira dormir,
ficou horas pensando no que o diretor já lhe dissera. Quando cochilou teve
um sonho em que Dumbledore lhe dizia que sua morte era apenas um plano para enganar
Voldemort e que logo se encontrariam de novo. Disse também
que mandaria alguém para cuidar da sua segurança, pois Voldemort estava a
caminho de Hogwarts. Harry acordou ,e começou a pensar novamente em Alvo,
quando conseguiu dormir o dia já estava quase amanhecendo.
***
-Harry,
Harry – disse Rony – vamos é o primeiro dia de aula, vamos seu
dorminhoco!
-Dorminhoco,
eu? – disse Harry abrindo os olhos – só consegui dormir quando o dia já
estava amanhecendo. E eu não quero ir à aula hoje!
-Sei
que está abalado com a morte de Dumbledore, Harry – disse Rony com voz de
consolo – mas a vida continua! Uma semana atrás você estava louco para
voltar a Hogwarts e agora não quer ir as aulas!
-Acontece
– disse Harry irritado - que a uma semana atrás eu não sabia que
Dumbledore tinha morrido!
-É
– disse Rony com voz de desprezo, que chegou a espantar Harry – só que
se você faltar às aulas, com certeza McGonagall vai te mandar de volta
para os Dursley. Você vai preferir largar Hogwarts ou levantar a cabeça e
seguir em frente?
Harry ficou calado. Sabia que o amigo estava
certo, mesmo não querendo admitir. Harry resolveu seguir o conselho do
amigo e se levantar da cama. Harry sentiu que Rony estava chateado, então
começou a falar de Quadribol enquanto desciam para o café