Harry Potter e o Feitiço Transpectrum- Capitulo 7 - Na Floresta Proibida
Capítulo 7 – Na Floresta Proibida.
Chegando à enfermaria, Madame Pomfrey veio correndo até eles:
- Qual é o problema? – perguntou Madame Pomfrey observando Ellisa.
- Não sabemos... Ela somente desmaiou...
- Coloque-a naquela cama. – disse a enfermeira apontando para um a cama
vazia.
McGonnagall deixou a garota na cama. Harry ficou ao seu lado. Pomfrey
pôs-se a examinar Ellisa. Harry continuou calado, estava preocupada demais.
Depois de muitos exames, Madame Pomfrey deu a causa do desmaio repentino:
- A pressão dela caiu muito... Tivemos sorte de ter sido só um
desmaio...
- E porque a pressão dela caiu? – perguntou McGonnagall.
- Pode ter sido muita emoção, ou então, ela fez muito esforço físico
sem se alimentar direito.
- É... – disse Harry – Ela não comeu nada hoje de manhã... estava
muito nervosa com o jogo.
- Então foi isso... – afirmou a enfermeira.
- E mais uma coisa – continuou Harry – Porque ela não acorda?
- Dou um jeito nisso... – disse Pomfrey.
A enfermeira deixou-os e voltou poucos minutos depois com um vidro e um
lenço. O líquido tinha um cheiro horrível e forte. Madame Pomfrey ensopou
o lenço e, com cuidado, fez com Ellisa o cheirasse. A garota reagiu ao
líquido e, começou a tossir. Quando finalmente parou, abriu os olhos
espantada, olhando para todos os lados:
- Aonde é que eu estou? – perguntou a garota.
- Na enfermaria... – explicou McGonnagall – Você desmaiou.
- Até que fim você acordou. Me deu um susto. – disse Harry.
- Você jogou muito bem , Harry. – disse Ellisa notando a presença de
Harry.
- Ah... e obrigado por me dizer o local onde o pomo estava...
- De nada...
McGonnagall e Madame Pomfrey deixaram os dois conversando. Pouco depois
Rony e Hermione chegaram, junto com o resto do time, que trazia comida. A
conversa ficou mais animada e todos perderam a noção do tempo. Quando se
deram conta, o sol já estava quase se pondo.
Madame Pomfrey disse a Ellisa que ela não precisaria passar a noite na
enfermaria, mas se ela se sentisse mal novamente, que a procurasse. Ao sair
da enfermaria com Ellisa, Harry se lembrou do encontro com Draco:
- Ellisa, vá na frente, com o Rony e a Mione... Depois eu me encontro com
você...
- Aonde você vai, Harry? – perguntou Rony.
- Ah... – disse Harry pensando em uma desculpa. – Eu vou até a
biblioteca...
- Eu vou com vo... – começou Ellisa.
- Não! – disse Harry subitamente. – Quer dizer... Você tem que
descansar.
- Tudo bem... – disse a garota confusa.
***
Harry esperou Ellisa, Rony e Hermione sumirem no corredor, e começou a
correr, pois estava atrasado para o encontro com Draco, não queria parecer
covarde na frente dele. Felizmente, Harry não conseguiu completar a
missão, quando estava quase chegando na entrada da Floresta Proibida, ouviu
alguém chamar por ele:
- Harry...Porque mentiu para mim?
Harry se virou... Era Ellisa.
- Como soube? – perguntou Harry.
- Harry, eu não sou boba... E não precisava mentir para mim... –
explicou Ellisa.
- Bem... se eu te dissesse, você não iria concordar.
- Eu ainda não concordo... É muito perigoso...
- Mas pensando bem. – disse Harry – Você não tem que concordar em
nada...
- Oh... Claro! – ironizou Ellisa – Quem sabe se você entra na
Floresta Proibida e se machuca, ou até pior... Eu iria me culpar pelo resto
da vida, afinal foi eu que briguei com o Malfoy.
- Não vai me acontecer nada! – disse Harry irritado.
- Pode até ser, Harry – disse a garota mais irritada ainda – Mas eu
não quero que morra mais alguém na minha vida por minha causa. Igual
aconteceu à minha mãe... Droga!
Harry sentiu a gravidade do problema. Ellisa passou por Harry sem olhar
para ele e, se sentou mais à frente. Harry ,ainda arrependido por ter dito
o que disse para a garota, se sentou ao lado dela e ficou olhando para o
horizonte. Por alguns instantes os dois ficaram calados, Harry tomou coragem
e disse:
- Me desculpe...Eu fui insensível...
- É sempre assim não é? É salvando o mundo mágico ou sua
reputação... Nunca se preocupa com aqueles que só querem o seu bem? Só
quer acabar com o Malfoy, e o resto que se dane. Mas tudo bem, Harry... Na
verdade sou eu a garota causadora do problema. E já que é comigo que o
Malfoy tem problemas, sou eu que os resolvo, tudo bem?
- Olha me desculpe... Eu sei que às vezes eu sou mesmo isso que você
acabou de dizer... – desculpou-se Harry, mesmo não gostando do que a
garota disse.
- Tudo bem, Harry. Volte para o castelo. – disse a garota sem olhar para
Harry.
- Você não vem? – disse Harry se levantando.
- Eu vou buscar o Malfoy. – disse a garota se levantando também.
- Eu vou com vo...
- Não! Você não vai. – interrompeu Ellisa.
- Mas, com você mesmo disse, é perigoso!
- Mas você não vai! – repetiu a garota.
- Eu não vou deixar você ir sozinha! – insistiu Harry.
A garota fingiu não ter ouvido Harry. Seguiu caminhando até a Floresta.
Harry a seguiu. De repente a garota parou e disse:
- Harry, eu não te pedi para voltar para o castelo?
- Não vou deixar você ir sozinha. – repetiu Harry – Eu vou com
você!
- Harry, você não vai! E não me irrite mais!– gritou Ellisa.
- Não adianta insistir, eu vou com você!
- Harry, você já passou dos limites... Me desculpe, mas... – disse a
garota se virando – Petrificus Totalus.
Harry sentiu seu corpo endurecer, não podia mais se mover e, com um
grande barulho, desabou no chão. Harry sentiu sangue escorrer por sua
testa, tinha batido a cabeça em uma pedra. Ellisa foi até ele e o virou
sem dizer nada, depois seguiu seu caminho até a Floresta Proibida.
***
Por algum tempo não se viu nem ouviu nada. Harry, deitado e imóvel,
avistava a Floresta e, viu quando um jato de luz azul - prateada a iluminou.
Algum tempo depois, Ellisa saiu acompanhada de Draco, flutuando ao seu lado,
desmaiado. Harry se assustou com a cena. De longe, a garota se virou na
direção de Harry e, e movimentando a braço direito, desfez o feitiço.
Harry se levantou o mais pressa que pode, e correu até Ellisa, que já
estava quase chegando à porta de entrada do castelo:
- Ellisa, espere! O que aconteceu com o Malfoy?
- Nada, Harry! – respondeu ela friamente.
- Como nada?! Ele está desmaiado.
- Harry, olha... eu estou cansada, fraca e chateada... A única coisa que
eu te peço, é que me deixe em paz até o resto do dia! Tudo Bem?!
Harry não respondeu, pois novamente a cicatriz lhe doeu, não tanto como
aconteceu no jogo, mas deixou Harry muito mais preocupado. Levou a mão à
testa e em seguida olhou para Ellisa. A garota tinha parado de caminhar
desde a última discussão com Harry e, se encontrava encostada no portal da
entrada, totalmente pálida.
A dor do mesmo jeito que veio, foi. Harry, ainda tonto foi até Ellisa:
- Você está bem? – perguntou Harry segurando a mão da garota, que
estava gelada.
- Não se preocupe... Me deixe ir... – disse a garota soltando a mão de
Harry.
Harry entendeu que a garota não iria dar o braço a torcer. Teve que
admitir que Ellisa era como ele: teimosa. Harry viu que Ellisa estava
fazendo muito esforço para manter-se de pé e, resolveu segui-la de perto,
caso ela desmaiasse novamente.
***
Chegando a enfermaria, Madame Pomfrey foi logo examinar Draco, enquanto
Ellisa se sentou em uma das camas vazias. Harry ficou observando de longe e
pensando seriamente na repentina dor de sua cicatriz, afinal, Voldemort
estaria perto? Harry não pôde ficar muito tempo pensando, pois, ao
terminar de examinar Draco, que continuava desacordado, Pomfrey notou o
hematoma que Harry tinha ganhado na testa e que continuava sangrando:
- Potter, você está sangrando... Deixe-me cuidar disto....
Harry não discutiu, pois o corte estava dolorido. Pomfrey continuou:
-Sente- se ali. – disse ela apontando para a cama onde Ellisa estava
sentada – Já volto para cuidar do corte...
-Certo. – concordou Harry.
Harry caminhou até a cama e se sentou ao lado de Ellisa, que se
distanciou ao máximo que pôde. Harry se irritou:
- Olha aqui, Ferany... Nós não somos mais crianças, para ficarmos com
essas bobagens. Por isso se você tiver algo contra mim, fale logo!
Ellisa não esperava que Harry dissesse isto. Apesar do susto, a garota
disse calmamente:
- Concordo, Potter... Acho que nós dois estamos sendo infantis e talvez
eu te deva algumas explicações, mas não agora... A única coisa que posso
te garantir, é que eu não fiz nada contra o Malfoy...
Harry olhou para Ellisa e ela fez o mesmo. Por alguns segundos, os dois
ficaram se olhando sem ao menos piscar, era como se Harry pudesse ver nos
olhos da garota, que ela dizia a verdade. O momento foi interrompido pela
chegada de Madame Pomfrey:
- Ferany, você está pálida, passou mal de novo?
- Na verdade sim, mas já estou bem.
- De qualquer modo, quero que passe a noite aqui, só para garantir...
A garota não disse nada. Pomfrey continuou:
- E poderia me dizer o que aconteceu com o Malfoy? – perguntou
seriamente a enfermeira examinando o corte de Harry.
- Eu... eu... – disse a garota pensando – Eu realmente não sei...
Quando cheguei a Floresta Proibida ele estava lá, desmaiado.
- E o que ele estava fazendo na Floresta Proibida? – perguntou Pomfrey,
colocando rapidamente um curativo no corte de Harry e prestando mais
atenção à garota.
Harry olhou para Ellisa assustado, o mesmo fez a garota:
- Ah! O que ele estava fazendo lá? – disse a garota parando de olhar
para Harry e olhando para a enfermeira.
- É isso mesmo... E poderia me dizer, também, como você soube que ele
estava lá...
- Eu?... É que...
A garota foi interrompida por um súbito gemido de dor, vindo do fim da
enfermaria:
- Deve ser o Malfoy... – disse a enfermeira se dirigindo até a cama do
paciente.
Harry se sentiu aliviado. Virou-se para Ellisa:
- Você não vai contar a verdade, vai? – perguntou Harry.
- Deveria... Mas não vou. – respondeu ela. – Vou ver se o Malfoy
está bem.
A garota se levantou e Harry a seguiu. Chegando à cama de Draco, ouviu-se
a enfermeira perguntar ao garoto:
O que aconteceu, Malfoy? Porque desmaiou?
- Bem eu...
Harry viu quando Ellisa lançou um olhar a Draco, que o fez calar no mesmo
instante:
- Responda Malfoy... – pediu a enfermeira.
- Eu não sei... Acho que foi um galho que caiu em cima de mim. – mentiu
o garoto.
Draco fechou a cara ao ver Harry. A enfermeira percebeu e se virou:
- Ah... Você estão aí? – disse ela – Potter, acho melhor você ir,
já é tarde. Quanto ao corte, passe aqui amanhã de manhã, para tirar o
curativo.
- Você vai dormir aqui? – perguntou Harry se virando para Ellisa.
- É, vou... Acho melhor você ir Harry, amanhã conversamos mais.
- Tchau... – disse Harry dando uma última olhada em Draco e saindo.