Harry Potter e o Feitiço Transpectrum- Capitulo 9 - Amuletos, pulseiras e sumiços
Capítulo 9 – Amuletos, pulseiras e sumiços.
 
Apesar de tantos problemas, Harry e Ellisa continuaram amigos. Harry tentava descobrir mais alguma coisa, mas a garota não abria o jogo de jeito nenhum. Foi difícil para ele contar tudo o que sabia à Rony e Hermione, pois os dois o interrompiam a todo o instante. Draco Malfoy cumprira o trato de não xingar, irritar ou bater de frente. O garoto procurava nem mais cruzar com Harry, Hermione ou Rony, ele apenas conversava com Ellisa, que também cumpriu seu trato, tornando-se amiga dele. A garota passava uma parte do dia com Harry, Rony e Hermione, e a outra parte com Draco. Ellisa também tinha se tornado mais popular desde o jogo de Quadribol e, todos que passava pelos corredores e cruzavam com ela, mesmo sem conhecê-la, a cumprimentavam.
As manhãs se tornavam cada vez mais frias, anunciando assim a chegada do Natal. Harry, Rony, Hermione e Ellisa ficariam em Hogwats. Quase todos os alunos da Grifinória iriam passar o Natal em casa, isso significava que teriam o salão comunal todinho para eles.
***
Na manhã de Natal, Hogwats amanheceu coberta de neve. Harry, Rony, Hermione e Ellisa acordaram tarde, pois na noite anterior ficaram conversando até tarde e comendo alguns doces que os irmãos de Rony trouxeram de Hogsmeade. As primeiras a acordar foram Ellisa e Hermione, que acordaram Harry e Rony, para que abrissem seus presentes juntos. Harry ainda sonolento, se vestiu, pegou seus presentes e desceu acompanhado de Rony para o salão comunal, onde Hermione e Ellisa já os aguardavam:
-Feliz Natal, Harry! Feliz Natal, Rony! – disse Ellisa.
-Feliz Natal, Ellisa! – disseram Harry e Rony juntos.
-Comece abrindo os seus presentes, Rony. Depois eu abro os meus. – disse Hermione sentando-se em uma poltrona perto da lareira, que mesmo acesa ainda deixava o ambiente frio
-Tudo bem. – disse Rony pegando um pacote.
-Aqui está frio – disse Ellisa olhando e apontando o dedo para a lareira – Incêndio.
O fogo que estava médio, subiu assustadoramente. Hermione, que estava sentada perto da lareira, levantou-se em um pulo:
-Como é que você fez isso? – perguntou ela procurando a varinha de Ellisa.
-Sei lá! – disse a garota observando Rony e Harry que riam - Estou precisando treinar, as vezes os feitiços saem muito forte. Estou pensando em aposentar minha varinha, o quê acha?
Hermione ia responder, quando Harry a cortou:
-Mione, se tiver alguma coisa de comer em um desses pacotes, vai vencer e você ainda vai estar fazendo suas perguntas. Abra seus presentes, Rony.
Rony ganhou muitas coisas interessantes de seus parentes bruxos, alguns chocolates de Hagrid, uma goles autografada pelo artilheiro de seu time favorito que foi presente de Ellisa, um livro sobre os trouxas de Hermione e um jogo muito engraçado de Harry.
Hermione ganhou presentes de seus pais, dos Weasley, um livro sobre animais de Hagrid, um estojo completo e uma luneta de Ellisa, uma caixa de sapos de chocolate de Rony, um jogo de tinteiros coloridos de Harry.
Harry como sempre, não ganhou nada dos Dursley. Mas ganhou presentes dos Weasley, uma miniatura de dragão que se movia de Hagrid, um jogo de xadrez de Rony, um livro sobre Quadribol de Hermione e... nada de Ellisa. Harry olhou decepcionado e tentou disfarçar:
-Terminei... Vamos, Ellisa, abra os seus...
-Calma, Harry... Isso é para você. – disse a garota estendendo um pacote a Harry – Abra.
Harry abriu o pacote e abriu um largo sorriso. Acabara de ganhar um lindo porta retratos mágico com a foto dos três amigos juntos, sorrindo e acenando para ele. Harry ficou sem palavras:
-Espero que tenha gostado... – disse a garota – Rony e Hermione me disseram que você não tinha nenhuma. Pedi para tirarem a foto esses dias para trás, quando você estava no treino de Quadribol e fiz cópias, que estão com o Rony e a Mione.
-Obrigado, eu adorei – agradeceu Harry.
-Ah... E tem mais uma coisa – disse ela entregando uma pulseira de metal a Harry – Isso é para nossa segurança, especialmente a sua, Harry – disse ela num tom sério – A da Hermione e a minha são iguais, e se parecem muito com uma jóia comum. A sua e a do Rony são diferentes das nossas, pois ficam transparentes quando colocadas no pulso. Toma a sua Rony – disse ela entregando uma outra pulseira, idêntica a de Harry – A Hermione já sabe como funciona... Pode explicar.
-OK... – disse Hermione – É o seguinte: Quando estivermos próximos, a sua Harry, e a de Rony permanecerão transparentes. Se estivermos muito distantes um dos outros, ela vai assumir a cor negra e irá clareando a medida que nos aproximarmos. Por exemplo: Eu vou caminhar até o quadro de entrada, Harry coloque a sua pulseira – pediu ela.
Harry colocou a pulseira, que no mesmo instante ficou transparente. Harry confirmou a colocação com a cabeça, Hermione continuou:
-Certo... Estou caminhando até o retrato. Quando eu chegar lá, Harry, me diga que cor a pulseira assumiu.
A medida que Hermione foi se afastando, a pulseira de Harry foi vagarosamente trocando de cor. Quando finalmente, a garota chegou ao quadro, a pulseira de Harry indicava a cor branca:
-Hermione – gritou Harry – Está branca!
-Ótimo! – exclamou ela – Agora eu vou voltar... Observe.
Enquanto a garota voltava, a pulseira de Harry voltava ao estado normal, até desaparecer novamente.
-Entenderam Rony e Harry? – perguntou Ellisa.
-Sim. – responderam os dois juntos.
-Vai ser maneiro... – disse Rony.
-Não brinque com isso, Rony. – disse Hermione – Mais uma coisa, que eu e a Ellisa esquecemos de mencionar. A pulseira de Harry foi programada para rastrear a minha e vice-versa. A da Lis foi programada para rastrear o Rony e vice-versa.
Harry não entendeu o porque da distribuição das pulseiras. Afinal, de Ellisa estava ali para protegê-lo, porque a de Hermione que o rastreava?
-As pulseiras se forem trocadas, não rastreiam ninguém, por isso, Harry e Rony não tentem trocar de pulseiras. – disse Hermione parecendo ler os pensamentos de Harry.
Depois de mais algumas perguntas sobre as pulseiras. Ellisa começou a abrir seus presentes. A garota ganhou muitos presentes de seu pai, um livro sobre feitiços avançados de Hermione, doces explosivos de Rony, um guia de Quadribol de Harry, alguns presentes finos de Draco e uma caixa fechada, que parecia antiga, de um remetente desconhecido.
-Tente abrir a caixa... – disse Rony curioso – Pode ter algo de interessante dentro dela.
-Tudo bem... – disse a garota retirando a trava que mantia a caixa fechada – Não quer abrir...
-Mesmo sem a trava? – perguntou Hermione.
-OK... Vou usar magia, se afastem – disse a garota deixando a caixa sobre um sofá e apontando o dedo para caixa – Alomorra.
A caixa se abriu com um estampido, deixando-se ver o que continha: um amuleto.
-O quê é isso? – perguntou a garota observando o amuleto, que tinha uma aparência assombrosa.
Hermione mordeu o lábio superior e, sem dizer nada subiu as escadas do dormitório.
-Ela deve saber o que é... – disse Rony – Foi buscar um livro.
Dito e feito. Passados alguns minutos a garota desceu as escadas com um livro na mão:
-É o amuleto de Prodinny... – disse Hermione.
-É o amuleto de quê? – perguntou Harry.
-Amuleto de Prodinny – disse a garota em tom seco.
-Que livro é esse? – perguntou Ellisa interessada.
Objetos mágicos do século: Proteção, poder e sabedoria. Peguei na biblioteca ontem, queria saber mais sobre as pulseiras.respondeu a garota – Leiam.
Harry, Rony e Ellisa se inclinaram para ler. O livro trazia a ilustração do amuleto e abaixo a explicação:
O amuleto de Prodinny, um dos objetos mágicos mais sonhados dos últimos 100 anos, protege contra qualquer feitiço, sem exceção, a qualquer um que o possuir. O único amuleto de Prodinny existente até hoje, foi criado pela finada família McKinnon, a cerca de 12 anos atrás, com o objetivo de proteger seu herdeiro mais poderoso. Infelizmente, o amuleto não concluiu seu propósito, pois a criança não chegou a possuí-lo e foi morta por Voldemort com 2 dias de vida. Todos os McKinnon foram dizimados e sua imensa fortuna, confiscada pelo Ministério. Apenas o amuleto não foi encontrado e permanece até hoje desaparecido.
Harry, Rony e Ellisa se entreolharam. Hermione foi a primeira a falar:
-Por que alguém lhe daria isso, Ellisa?
-Não tenho a mínima idéia...
-Procure por um cartão. – sugeriu Rony.
-É mesmo... – disse Harry.
Ellisa caminhou até a caixa, retirou o amuleto, entregou a Hermione e pôs-se a procurar por um cartão. No canto da caixa, encontrou um pergaminho enrolado. O desenrolou e começou a ler em voz alta:
À portadora desse amuleto:
Isso lhe pertence... Sinto estar lhe entregando este amuleto tão tarde. Quase não acreditei quando lhe vi, você é a cara da sua mãe. Use-o para a sua segurança. Mantenha sempre próximo, pois é um objeto poderoso e cobiçado. Sei que nunca vai me perdoar, não lhe culpo, talvez um dia entenda.
-Acaba aqui – disse Ellisa ainda examinando o documento – Sem assinaturas e sem maiores explicações... Acho que foi engano, pois eu não pareço nadinha com a minha mãe.
-Estranho... – disse Hermione – Muito estranho.
-Vou deixar esse treco guardado... Não vou usá-lo de jeito nenhum, pelo menos até eu saber de onde veio e quem é o verdadeiro dono. Enquanto isso, vou pesquisar sobre os McKinnon, na biblioteca... Vocês acham que eu encontro algo?
-Possivelmente... – disse Harry.
***
O recebimento do misterioso amuleto, deixou Harry, Rony, Hermione e Ellisa apreensivos. Apesar de todos os quatro se mostrarem preocupados, tentavam ao máximo levar a vida o mais normal possível. As pesquisas sobre a imponente família citada no tópico de explicação do amuleto, estavam lentas e limitadas a alguns poucos parágrafos, dizendo sempre ser uma família possuidora de grandes poderes e alta condição financeira. Mas não encontraram nada sobre o herdeiro morto da família e, possivelmente o verdadeiro dono de amuleto.
O tempo passava rápido em Hogwats. Grifinória venceu em mais um jogo de Quadribol, mas desta vez, com a artilheira oficial, Angelina Johnson, que estava totalmente recuperada, deixando Ellisa fora do time.
As manhãs que costumavam ser frias, agora, começavam a esquentar. Após a Páscoa, Hermione começou com a velha história de estudar para os testes, que ainda estavam meio distantes. No entanto, o que era distante passou a ficar próximo num piscar os olhos e, agora, os quatro se reuniam no salão comunal da Grifinória, que estava sempre lotado, para estudar. Infelizmente, na opinião de Harry, as matérias estavam mais difíceis, além do acréscimo de mais duas, fazendo com que ele fosse obrigado a estudar mais.
Na semana que antecedia os testes, Harry, Rony, Hermione e Ellisa iam até altas horas da noite, só com revisões. Mas naquele fim de tarde, a poucos dias dos testes, os estudos ainda não tinham iniciado, pela falta mais imprevisível até ali: a de Hermione. A garota tinha sumido depois da última aula, sem deixar recado algum, apenas desapareceu. Preocupados com o sumiço da amiga, Harry, Rony e Ellisa estavam cada vez mais impacientes:
-Harry! – disse subitamente Ellisa – A pulseira... De que cor está?
-Está totalmente escura – disse ele olhando a pulseira. – Hermione deve estar bem distante.
-O quê devemos fazer? – perguntou Rony mostrando um aspecto preocupado.
-Por enquanto, nada... Harry venha comigo até o dormitório das garotas, quem sabe não encontramos um bilhete... Rony fique aqui para o caso da Mione aparecer.
Rony fez sinal de desaprovação:
-Eu vou junto... Tenho curiosidade em conhecer o dormitório das garotas.
-Rony, fique aqui! Tenho de falar em particular com o Harry... – disse ela lançando um olhar preocupado a Harry – Vamos!
Os dois subiram as escadas em silêncio. Ao entrarem no dormitório, que estava vazio, Ellisa fechou a porta e começou a falar:
-Harry... – disse ela se sentando em uma das camas – Estou com um pressentimento ruim em relação ao sumiço da Hermione. Ela nunca perderia uma revisão assim, tão perto dos testes...
-Eu sei... Também estou preocupado. – suspirou Harry – O quê devemos fazer?
A garota não pode responder, pois no mesmo instante, uma coruja negra entrou por uma das janelas, jogando sobre a cama de Hermione, uma carta. Após a saída da coruja gótica, Harry e Ellisa apressaram-se a pegar a carta.
O envelope estava totalmente branco e sem remetente. Ao abrir a carta, Harry encontrou o conteúdo branco também. Mostrou a carta branca para Ellisa que, ao tocar fez frases aparecerem. Harry olhou assustado para a garota, que explicou rapidamente ao perceber a face confusa de Harry:
-Uma carta pessoal... Somente se a pessoa a quem a carta é destinada tocá-la é que é possível lê-la...
Após a curta explicação, a garota começou a ler a carta apreensivamente:
Prezada Srta. Ferany,
É meu dever comunicá-la que sua amiga trouxa, Srta. Granger, está sobre os domínios de meu mestre. Encontre-a até a meia-noite do corrente dia, ou sua amiga poderá não sobreviver. Já sabe o porque de tal atitude do Senhor das Trevas. É necessário, como a senhorita já deva saber, o comparecimento do Sr. Potter. Tal descumprimento, pode acarretar a ira do Lord e consequentemente a morte de sua amiga.
Ellisa suspirou após o término da leitura. E tremendo sentou-se na beira da cama de Hermione. Tentando manter-se aparentemente forte, a garota começou a falar:
-Eu não acredito... – soluçou ela com os olhos vermelhos – Logo a Hermione...
Harry estava literalmente em desespero. Voldemort com Hermione? Apesar de toda a angústia e medo, Harry tinha de tomar providências imediatas. Ellisa estava pior que ele. A garota tremia dos pés a cabeça, parecia desesperada e desolada. Quando não pôde mais abafar os sentimentos, danou a chorar e a falar ao mesmo tempo:
-Como eu fui burra... É claro que Ele não pegaria você, Harry... Ele não é bobo.
-Pare de se lamentar – disse Harry pensando em um plano – Temos que agir...
-É... – disse a garota enxugando as lágrimas – Temos que agir...O tempo está passando...

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