Mas um ano da vida daquele garoto chegava ao fim. Parado
na porta daquela casa na rua dos Alfeneiros de número 4 o
garoto pensava naquele ano que havia passado num lugar
tão maravilhoso.
Harry tinha acabado de chegar da estação King's Cross
e para sua imensa surpresa estavam parados a porta da casa
os tios e o primo. Dentro da casa parecia que estava
acontecendo uma grande festa. Logo que entrou na sala da
casa viu que as paredes estavam cobertas de cartazes que
diziam: " Viva Harry Potter" .
A sala estava lotada, Tia Guida parecia disposta a não
chama-lo de ingrato e a ofender Tiago e Lílian Potter.
Quem também não parecia nada normal, ou seja não
disposto a bater nele, era Pedro Polkiss.
Misturado a todos aqueles trouxas estavam alguns dos
maiores bruxos da atualidade: Alvo Dumbledore ,Cornélio
Fudge . Esses vieram das as boas vindas ao garoto e
surpreende-lo com presentes.
De repente uma voz conhecida chamava por ele. Harry se
via deitado na cama de seu quarto na casa dos Dursley
rodeado de presentes, e de seu material de bruxaria e
magia. Se levantou apressado o olhou ao redor. Tudo era
verdade na noite anterior ocorrera uma festa para Harry.
Pela primeira vez estavam comemorando algo que aconteceu
com o menino.
Tamanha era a felicidade que ele não percebeu que
alguém muito especial lhe olhava . Esse alguém era
Sirius Black. Sorria ,muito feliz com a cara de assustado
do garoto
—Como é bom velo depois de tanto tempo!
Como aquele homem estava diferente não era possível
dizer. Os cabelos estavam limpos penteados ,cortados. O
rosto ossudo estava agora sorridente como nas fotos que
Harry tinha.
—Jamais pensei em te encontrar aqui–respondeu
surpreso– Esta aqui desde de quando?
—A duas semanas sou hospede desses trouxas. Gostou da
festa?
—Adorei! Mas foi o senhor que preparou?
Sirius Black riu de maneira gostosa. Uma risada
diferente das que o garoto havia presenciado.
—Claro! Pena que não pude participar! Mas o
importante é que você gostou!
Sirius estendeu as mãos a alguns pacotes que estavam no
chão. E entregou-os ao garoto. Harry abriu com entusiasmo
e lá estavam varias roupas de bruxos, alguns livros
,dúzias de fotos de seus pais e outros objetos que ele
não sabia o que eram.
—É tudo seu! A maioria dessas coisas pertenceu a seu
pai. Inclusive esse livro– e tirou das mãos do menino
um livro grosso e encadernado em couro, com letras que se
mexiam e formavam
o nome de Tiago –Esse é o diário de Tiago. Retirei
muitas coisas da sua casa antes dos trouxas invadissem.
Essa é uma das mais preciosas. É um diário bruxo
,contem feitiços e coisas de quem escreveu. E o mais
importante só pode ser aberto pelo descendente direto de
quem escreveu, alem do dono. Porem como a metade das
coisas que eu e o Pontas tínhamos é um instrumento não
legalizado pelo ministério da magia. Você ,oficialmente
,não podia estar usando um desses.
—Isso é genial! Onde conseguiram isso? Posso escrever
nele?
—Claro que pode! Onde conseguimos é segredo absoluto!
Como milhares de coisas em minha vida!
Fez-se um silencio constrangedor .
—Tenho uma proposta muito atraente: o que acha de
moramos juntos?
—Como assim? Pedro já foi apanhado e ninguém me
contou ?
—Como queria que Pedrinho já tivesse sido apanhado!
Não ele não foi apanhado!
—Mas como o senhor quer que eu vá morar com o senhor?
Quando o ministério perceber que estou fora da casa do
Dursley vão atras de mim e vão ver o senhor!
—Quem disse que você vai sair da casa dos Dursley?
Não pude usar feitiços com eles ,se não o ministério
ia me descobrir. Mas como eles tem medo do mais fraco
bruxo, não achei que ia ser diferente comigo. Eles estão
sobre o poder do próprio medo. Esse é o maior feitiço
que o mundo conhece!
—Que dizer que eles estão sobre o nosso controle,
devido ao medo que sentem?!
Nesse momento um barulho muito forte vindo do andar de
baixo chamou a atenção dos dois.
—Guarde isso – disse Sirius ,num sussurro –
Ninguém pode saber que você tem esse diário.
Na hora em que Sirius parou de falar a porta do quarto
caiu com um estrondo. Se viam parados a porta do quarto de
Harry algumas dezenas de dementadores acompanhados pelo
Ministro da Magia.
Sirius correu até a janela ,lá em baixo estava outras
dezenas de dementadores. Aquele barulho incomodo dentro da
cabeça de Harry recomeçava .Mas dessa vez não eram
gritos de agonia era uma voz consciente, uma voz
masculina, que dizia algo . Harry sentia o diário lhe
apertar sobre o peito.
Cercado de dementadores, com seu padrinho ao seu lado
,com uma voz que não calava ,mas que o tornava mais forte
e consciente a cada instante o garoto se via em profundos
apuros. De repente era como se ficasse surdo, a voz, agora
ele percebia ,vinha do diário e da sua cabeça o mandava
pegar a varinha e defender quem o amava. Como num impulso
que jamais alguém vai explicar ele agarrou a varinha e
pronto para lançar um feitiço no dementadores Sirius se
jogou sobre o seu braço e o impediu de salvar-lhe a vida.
Harry caiu com impacto no chão. Sirius ,como se nada
tivesse acontecendo, chegou junto ao menino e se sentou
sobre os calcanhares. E se dirigiu a Harry num sussurro.
—Chegou a minha hora. Agora estou satisfeito. Cuidei
de você, por pouco tempo ,mas cuidei. E todo o tempo
você me terá por perto. Nunca vai esquecer disso.
—Não, ninguém vai mata-lo–bradou o garoto, sem se
preocupar com o tom de voz –Não vou deixar!
—Não seja tolo–respondeu um tom de voz muito
familiar –Vai se sacrificar por um bandido?
Aquela voz vinha de uma pessoa que Harry jamais ia
querer por perto numa hora dessas. Professor Severo Snape
.
—Ele não é um bandido–respondeu se pondo
,novamente ,na frente de Sirius .
— Dessa vez ,pela primeira vez, Snape tem razão. Não
faça nada para me salvar.
Os dementadores agora estavam em um circulo fechado
sobre Sirius. Snape, do lado do ministro, sorria. Um dos
dementadores já retirara o capuz e se aproximava de
Sirius. Para o restante dos presentes era como se Harry
não estivesse ali, como se ele não tivesse vendo o
próprio padrinho ser beijado por um dementado.
Uma voz quebro aquele ruído que saia dos dementadores.
Uma voz baixa e seca, acompanhada de um relâmpago de luz
prata.
Alvo Dumbledore estava parado a porta do quarto. O
patrono que ele conjurara fez vários dementadores
recuarem.
—Fudge pare imediatamente com isso!–disse ele com
foz diferente da normal, um tom alto e irritado–Aqui
tenho uma coisa que vai impedi-lo de matar este homem!
E passou as mãos do ministro um punhado de pergaminhos
com o selo do ministério.
—O que é isso?
—Leia. É importante.
O ministro desprendeu as fitas que prendiam os
pergaminho e leu. Imediatamente deu uma ordem.
—Saiam daqui agora!
Seguindo as ordens do ministro os dementadores se
retiram do quarto, arrastando Sirius. Harry se manteve
congelado, insensível e ninguém a considerar a sua
presença.
—Será que pode me explicar a sua presença aqui e o
motivo desse pergaminho?
—Claro que posso– voltando ao seu tom de voz normal,
baixo e seco–Estou aqui para impedir você de matar um
homem inocente. E esse pergaminho é o comprovante do que
acabo de falar. Acabei de reabrir o caso de Sirius e
pretendo provar a inocência dele. Até que aja um novo
julgamento ele voltara para Azkaban.
—Quem que descobriu que Sirius estava aqui?–perguntou
Harry , falando depois de tanto tempo–Isso é muito
difícil para um trouxa mas então foi um ...
—A brilhante captura de Sirius se deve a Draco Malfoy,
e a um trouxa: Dudley Dursley.
—Espera ai! O Duda foi o responsável por pegarem o
Sirius?!