Chegando a sala Harry encontra Duda e Draco em meio a
uma verdadeira multidão. Muitos diziam:
—Viva a esses garotos! Eles salvaram o Harry!
—Esses garotos não salvaram ninguém, só ajudaram a
acabar com a vida de um inocente!
Dizendo isso se jogou com mais violência contra a dupla
que antes sorria contente. Com o susto os dois não
apresentaram reação. Se não fosse a atenção de um dos
reportes que estavam ali o trio jamais iria parar de
brigar.
—Parem! Por favor parem!
A voz de Dumbledore mais alterada que o normal. Em tom
alto e timbre grosso.
—Harry! Sirius jamais ia querer ver você brigando
assim.
—Se bem que não podemos negar que ele e o Tiago
adoravam qualquer briga.
Uma outra voz se sobre saia das outras. E era uma voz
conhecida. Era Remo Lupin que se achava ao lado de
Dumbledore. Quando viu ele ,Harry saiu correndo e parou a
sua frente.
—Pensei que nunca mais ia lhe ver.
E deu um abraço no ex-professor.
—Vim saber como você esta depois da prisão, ou
melhor ,da condenação.
—O senhor sabe que ele não é culpado. O senhor viu o
Pedro. Ajude-o .Por favor.
—Se eu podesse faria isso mesmo que fosse o preciso me
condenar.
Desceu do quarto nesse instante um homem alto e forte
seu lado Sirius vinha como que arrastado. Lupin correu ao
seu auxilio.
Chegado o fim da escada.
—Ah...amigo como eu queria estar no seu lugar. Daria
tudo, daria a minha vida para ver você solto.
—Por que faria isso por mim?
—Conhecer você com eu conheço ninguém mais do que o
Tiago lhe conhece. E me lembro bem do dia da promessa e
sei o porque de nunca ter desistido da fuga.
—Você estava lá na noite das profecias?
—Estava. Caio e Tiago vieram me falar que um terceiro
homem precisava saber do que ia ser dito. E esse homem fui
eu. Tinha que ser uma pessoa que tivesse um contato com a
natureza.
—Você sabe de tudo?
—Tudo. E me lembro com perfeição dos três batizados
, do seu juramento e prometi para mim mesmo que faria e
ajudaria você a cumprir tudo que diz.
—Então sabe o que sofro.
—Vamos terminar logo com isso.
Interrompeu o homem que segurava Sirius.
—Faria o maior favor da tua vida por um amigo?
—Por você , um irmão, sou capaz de fazer tudo.
—Pos sera por tuas mãos que a predição ira se
cumprir. Todo o meu patrimônio financeiro será seu. E
com esse dinheiro vai encontrar os dois gêmeos e os
outros que faltam.
—Juro por todos os santos que vou encontrar os
gêmeos. Por Caio e por Tiago vou fazer o que for
possível e impossível para fazer tudo se realizar.
Enquanto Lupin terminava de falar o homem arrastava
Sirius para fora da casa.
—Harry agora confie no Remo. Ele vai te guiar.
Gritou Sirius já num carro de vidros escuros e
partindo.
Harry passou alguns minutos insensível por tudo que
estava acontecendo. Ficou uns dez minutos sentado no chão
da calçada. Como se tivesse vendo tudo o que acontecera
no terceiro anos em Hogwarts . Até que Lupin chegou e
sentou ao seu lado.
—Agora tenho a responsabilidade sobre você.
Harry estava mais preocupado com Black do que com ele
para tentar entender tudo que os dois haviam falado.
—Acha que Dumbledore pode salva-lo?
—Não sei.
—Mas ele não vai morrer, vai?
—É melhor você se preparar para o pior. Não quero
lhe dar falsas esperanças.
Aquela estranha predição fez com que os dois se
sentissem mal.
—Agora não acho bom manter você nessa casa.
—Eu também não acho. Posso ficar na casa do Rony.
—Não. A casa do Rony não é o melhor lugar para
ficar.
—Porque?
—O pai dele, o Sr. Arthur , trabalha para o
ministério da magia. E não seria bom que ele tivesse na
casa dele algum envolvido com o maior perseguido dos
últimos tempos.
E ele tinha razão. Mas Harry não via outro lugar onde
podesse ficar.
" Como vou ter que rodar o mundo atras de algo para
Sirius vou começar pela própria Grã-Bretanha. Por isso
você vai ficar comigo. Sei que Sirius tem uma casa perto
da casa do Rony. Vamos pra lá."
E dizendo isso se levantou e estendeu a mão ao garoto.
Os dois saíram juntos.
Harry não demorou muito para arrumar as coisas que
tinha. Se bem que tinha ganho muitos presentes. Mas depois
de tudo arrumado saíram juntos sem que Harry dissesse ao
menos um "tchau " aos tios e ao primo. E esses
também não deram por falta.
Harry agora caminhava por uma rua semi deserta, sem
saber para onde ia. Mas sabendo apenas que não iria para
lugar nenhum onde fosse ser tratado como era onde estava
antes. Pela primeira vez em muito tempo Harry saia da casa
dos Dursley sem que esses estivessem com tanta raiva dele
quanto ele deles.
O garoto sentia mais que raiva, sentia ódio. E tinha
medo do que tinha. Mas a cada passo que dava na companhia
daquele homem isso ia passando. Depois de algumas quadras
estava calmo e tranqüilo.
Depois de muito caminhar os dois pararam numa rua
deserta e Lupin estendeu a varinha e um barulho já
conhecido pelo garoto estourou no tempo. E logo apareceu
um Nôitibus parado a frente dos dois.
Para a surpresa de Harry o motorista era Ernesto e o
condutor era Lalau. Os dois embarcaram e Lalau se sentou
ao lado da cama de Harry.
—Você não tá em fuga de novo , ou esta?
—Não.
Respondeu o garoto meio envergonhado. E percebendo isso
Lalau deixou Harry com seu pensamentos. Mantinha dentro de
seu malão um livro que era capaz de esclarecer todas as
duvidas de Harry sobre o pai. Achando que era muito
suspeito abri-lo ali preferiu esquecer isso. E desviou o
olhar para Lupin.
Esse estava parado. Era como se não estivesse no
próprio corpo. Era come se tivesse viajando no tempo. E
tentando descobrir o que aquele homem tinha adormeceu pois
já era noite.
Acordou horas depois com uma voz que lhe chamava.
—Desculpe te-lo acordado. Mas já estamos chegando.
Pela janela era possível ver que a lua já estava alta.
As paisagens passavam muito rápido e Harry apenas podia
notar que as poucas casas que haviam eram estranhas.
Pararam na frente de uma que casa que parecia ser a mais
bonita e os dois desceram.