Capitulo 5 - A profecia
No dia seguinte, o castelo estava
novamente cheio e barulhento. E com os alunos, chegou também a noticia de que
Voldemort estava de volta. Havia um pânico geral na escola, quase todos os
alunos estavam de volta, pois os pais achavam que o melhor lugar para eles era
perto de Alvo Dumbledore. Isso deixou Harry muito angustiado, pois sabia que se
caso Voldemort chegasse ao castelo, seria por sua culpa. Então resolveu ir
embora, mas Dumbledore não permitiu.
- Você não sai desse castelo pelo menos até o
fim das aulas!
- Mas professor, a vida de todos corre risco por
minha culpa, eu não posso permitir que nada ocorra aos outros.
- Voldemort quer você! E você precisa
permanecer esse tempo aqui para se preparar.
- Mas..
- Nada de mas, você acha que eu colocaria
a vida dos alunos em risco.
- OK professor, mas saiba que Voldemort
está perto, eu sinto!
- Você estará preparado quando ele vier.
Agora vá dormir pois amanhã começam as suas aulas.
- Então boa noite.- Meio contrariado,
Harry se retirou da sala, mas antes de estar longe ouviu a voz baixa de
Dumbledore.
" Boa sorte Harry, espero
que esteja realmente preparado em tempo."
Aquelas palavras não ajudaram Harry em nada, e para piorar, o sonho que o
atormentou durante as férias tinha voltado.
No dia seguinte, Harry teve aulas de poções logo cedo, e Snape não
podia deixar de fazer um comentário sobre Harry.
- Ah sim, o nosso ilustríssimo aluno que é muito bom para
assistir simples aulas de poções como os outros normais- disse com um sorriso
maldoso.
Harry não estava com animo para discutir então deixou Snape falando sozinho, o
que o deixou ainda mais irritado.
Durante a aula de Defesa contra as artes das trevas com a professora Mary Fiori,
os alunos tinham que se enfrentar, Harry caiu com Malfoy, e Cathy com Mione.
Eles estavam duelando, mas Harry não
estava prestando muita atenção, pois só tinha olhos para Cathy, que lutava
com tanto vigor, que Mione caiu no chão. A garota pediu mil desculpas,
tantas que Mione ficou até envergonhada.
Harry não tinha duvida, estava apaixonado, ficou
ali feito bobo, e Malfoy não perdeu a oportunidade.
- Expelliarmus!!!
Mas o feitiço não teve efeito algum, todos
ficaram encarando-o, até que a professora interrompeu.
- Certamente ele disse o feitiço errado, você
garoto, já devia ter aprendido esse feitiço que é básico para desarmar o
inimigo! Menos 10 pontos para a Sonserina.
A solução para a questão não foi muito bem
aceita para a maioria dos alunos, inclusive para Draco.
- Como você fez isso?- perguntou indignado.
- Isso o que?
- Não se faça de besta, com não foi afetado
pelo feitiço?
- Não sei!- disse irritado.
- Não quer dizer é, tudo bem, mas se eu
descobrir que você fez algo ilegal, você está encrencado Potter, porque
eu....- Draco estava querendo intimidar Harry, mas não conseguiu nem um
pouquinho.
- Não enche Draco.- disse Harry dispensando o
comentário.
Harry saiu com Cathy, Rony e Mione; ninguém sabia explicar o que tinha
acontecido, mas com certeza a opção da professora estava descartada, todos os
alunos conheciam esse feitiço desde o segundo ano em Hogwarts.
- Harry como é que você consegue fazer essas
coisas?- perguntou Rony curioso
- Que coisas?
- Você sabe! Evitar os feitiços.- disse em voz
baixa.
- Mas essa foi a primeira vez que eu fiz isso.-
Harry não estava entendendo nada, mas logo Rony esclareceu suas duvidas.
- Não, não foi! Porque você tem essa cicatriz?
No quarto ano o professor testou o feitiço Imperador um monte de vezes em
você e não teve resultado, e agora isso.
- É verdade, nunca tinha parado para pensar, vai
ver que é mais um dos mistérios que envolve minha vida, ou todos erraram na
hora de aplicar o feitiço em mim, talvez seja meus belos olhos.- comentou
piscando feito louco.
- E você-sabe-quem ia errar mesmo, jamais.-
comentou Mione dispensando o comentário.
O assunto não foi pronunciado durante todo dia, Harry pensou em perguntar
a Dumbledore sobre o fato de ele resistir a alguns feitiços, mas acabou
desistindo, pois provavelmente era umas das coisas que Dumbledore dissera no
primeiro ano, que ele saberia na hora certa. "Mas quando é essa
hora?" pensou consigo mesmo.
Os dias foram passando e
nenhum sinal de Voldemort, Harry estava estranhando as aulas de Dumbledore, que
agora consistiam mais em concentração do que em duelo, mas ele tinha certeza
de que Dumbledore sabia o que estava fazendo, então resolveu não discutir.
Rony estava se dando muito bem como capitão do time, treinava sempre com muito
vigor, Harry ainda era o apanhador do time, mas não tinha muito tempo para
treinar. Rony mesmo sendo amigo de Harry, soube colocar
isso de lado e pior, fazia questão de fazer varias reclamações ao amigo, mas
nunca deixou de demonstrar o quanto era grato por ter cedido o cargo de
capitão. Eles já tinham ganhado o primeiro jogo contra Corvinal, e logo após
o feriado de Páscoa teriam a final contra Sonserina, que tinha sido antecipada
por causa dos testes.
As férias de Páscoa
chegaram muito rápido, novamente o castelo se esvaziou, mas dessa vez
Rony e Mione não foram, assim ficaram todos juntos, Harry, Cathy, Rony e Mione.
Certo dia depois do
jantar, Harry não estava se sentindo muito bem, então foi direto para o quarto
em vez de ficar na sala comunal com os amigos e a namorada.
Mesmo cansado ele não
conseguia dormir, então resolveu ler um pouco para se distrair. Procurando nas
suas coisas, viu o livro que Mione tinha lhe dado de natal, "Harry Potter:
o menino que sobreviveu", até agora Harry não tinha tido tempo de lê-lo
então resolveu aproveitar esse tempo.
Logo no começo do livro teve algo que interessou muito a Harry.
" Diz a lenda que
tudo começou com uma profecia de uma jovem que um dia falou: A queda das trevas
virá com um jovem dos olhos de verdes vivos, filho de um casal trouxa e bruxo,
com poderes e sentimentos nobres. Seu destino será selado com lágrimas de
sangue, que serão derramadas a partir do momento que nascer até o desafio
final. Mas são poucos os que nela acreditam, a verdade é que o menino Potter
com um ano de idade, derrotou o mas mais temido senhor das trevas e
nós livrou de inúmeros sofrimentos. Isso foi o suficiente para que tivesse seu
nome consagrado pelo mundo inteiro até os dias de hoje."
Aquelas palavras deixaram Harry intrigado, já ouvira falar em profecias, mas
isso tinha sido com a professora Sibila Trelawney no seu terceiro ano em
Hogwarts e não tinha nada a haver com Harry, a menos que...
Harry de repente deu um pulo na cama; no terceiro ano Dumbledore afirmara que a
professora Sibila tinha feito apenas duas profecias verdadeiras na vida, uma era
sobre Pedro Pettigrew, e a outra? Sobre o que será?
A cabeça de Harry dava
voltas e voltas, será possível que a profecia seja verdadeira? Será que as
lágrimas de sangue significavam sua morte? Harry estava começando a entrar em
desespero, vestiu o uniforme e desceu depressa a escada para a sala comunal, lá
encontrou os amigos conversando. Ele resolveu ver se alguém tinha um calmante
ou sonífero para que ele pudesse relaxar e dormir.
- Harry pensei que você
já estava dormindo? Você está se sentindo bem? Está tão pálido!- disse
Cathy se levantando preocupada.
- Algum de vocês tem um
calmante ou sonífero para me dar?
- Eu tenho, mas o que você tem
Harry?- disse
Mione o olhando fixamente.
- Nada, eu só estou um pouco
agitado. Você poderia me dar um por favor?
- Só um minuto, vou buscar.
Mione sumiu na escada durante
um tempo e depois voltou com um vidrinho na mão esquerda. Enquanto isso Cathy
colocava a mão na testa do garoto para medir sua temperatura.
- Você está um pouco
quente, é melhor ir se deitar. Vem eu te ajudo.
Os dois seguiram em direção ao quarto, Cathy obrigou Harry a se deitar e
lhe deu o remédio.
- Nossa Cathy, estou me
sentindo um bebê!- disse enquanto ela o cobria
- Vou te deixar sozinho
então, boa....
- Não, fica aqui comigo
por favor!- pediu carente
- Harry, o que você tem?
Está tão estranho!
- Nada, só quero que
você fique aqui comigo, pelo menos até eu dormir.- Harry estava quase
implorando e Cathy não teve como negar.
Cathy se deitou ao lado de Harry e eles ficaram abraçados. Naqueles
instantes, Harry se sentiu protegido, por alguém que ele amava e que ele sentia
que o amava também. Ele adormeceu ali nos braços dela, e no dia seguinte
acordou sozinho na cama; chegou a pensar que tinha sido tudo um sonho, mas
quando Cathy entrou pelo quarto com uma bandeja de café da manhã ele sentiu
uma alegria imensa dentro de si.
- Bom dia!! Dormiu bem?-
perguntou animada.
- Melhor impossível!!-
disse sentando na cama.
- E ai, está melhor?-
perguntou demonstrando uma certa preocupação
- Estou. Ninguém falou
nada de você ter dormido no quarto comigo?
- Não, eles sabiam que
você não estava muito bem e Rony proibiu os meninos de fazer qualquer barulho.
- Nossa eu estou com
muita disposição hoje, mais animado.
- Que bom, você estava
tão para baixo ontem...mas vamos coma, por que você tem muitas aulas hoje. E
daqui a três dias é a final de quadribol, tem que se preparar.