Harry Potter e o Dragão Mercenário - Capítulo 4 - Humilhação no Campo de Quadribol
Capítulo 4 - Humilhação no Campo de Quadribol 
 
No dia seguinte encontrou Christ sozinho na sala comunal brincando com Fluc, ficou sem jeito ao ver Harry entrar , tentou se portar normalmente, isto é, o que ele achava ser normal..
- Oi .
Harry aliviado em saber que a disposição de falar não acabara resolveu arriscar uma proposta.
- Ei Christ ,não quer ver o treino de quadribol?
Por um momento Christ ficou calado um tanto espantado com o pedido .
- Me desculpe ,mas não sei voar direito e... porque você não chama aquele teu amigo de cabelo de fogo... acho que ele entende dessas coisas melhor que eu...
- O Rony anda meio ocupado e eu acho que você precisava circular mais por ai, ora não precisa voar é só ver, mas que tipo de bruxo você é que não sabe voar?
- Tenho medo - disse olhando o chão , quase nunca encarava ninguém ,parecia que tinha medo que observassem seu rosto.
- Se você quiser ,posso te ensinar a voar.
- Sério? - os olhos de Christ brilharam - tem certeza?.
- Claro ,que tal amanhã depois do almoço?
O garoto ficou pensativo antes de recomeçar a falar.
- Seria bem interessante, mas meu tio não deve saber, e não quero preocupa-lo.
- Combinado ,então vamos , vou pegar a vassoura .
Quando desciam as escadas do dormitório escutaram uma gritaria que vinha da ala norte, o barulho de muitos alunos em pânico ,saíram correndo da sala comunal passaram apressados pelo corredor que ia ajuntando mais gente com o mesmo destino ,saber que gritaria era aquela.
Chegaram finalmente a fonte dos gritos ;era a torre da Lufa-Lufa, os professores já estavam lá tentando manter a ordem, Harry consegue chegar até Simas , queria saber que aconteceu.;
- Outro ataque do dragão, não que tenha ferido alguém ,mas invadiu o vestiário das meninas. Parecia que procurava alguém e foi embora do mesmo jeito que chegou, de repente. Até que o bicho tem bom gosto, só aparece onde tem garotas.
Christ parecia colado no chão deu meia volta em direção a sala de Snape , Harry o segurou pelo braço.
- Ei onde vai?
- Sinto muito ,mas não saio com esse bicho solto por ai. E você devia fazer o mesmo...
- Mas já foi embora.
- Tenho certeza que voltará - respondeu assustado puxando o braço e se retirando apressadamente., Harry teve que acelerar o passo para realcança-lo.
- Como tem tanta certeza que voltará? Sabe de algo que não sabemos ? - desafiou ,tentando confirmar algo que a algum tempo já estava suspeitando.
Christ abriu a boca com a intenção de falar algo mas tornou a fecha-la ,parecia estar procurando uma desculpa e como não encontrou nenhuma resmungou.
- Vamos ver o treino logo já que insiste.
Harry achou estranho ele desconversar de repente ,mas já que resolveu ir ver o treino, então era melhor não desencoraja-lo com outras perguntas , mas continuava com a certeza que o sobrinho do professor sabia de algo.
Quando chegaram ao campo vários jogadores já estavam lá, treinavam jogando bolas um para o outro, mas não deixaram de reparar na chegada do estranho sobrinho de Snape, Harry percebeu que Christ não deixou de esconder a admiração quando viu as vassouras voando, mas infelizmente também pode notar que os jogadores da Sonserina estavam treinando na outra extremidade do campo.
- Estamos treinando com meio campo - disse Wood descendo da vassoura com cara de desaprovação - tivemos que dividir o campo ,parece que fazem de propósito, hunf!! - mas logo deu atenção a Christ o observando com interesse - Ei você não é o sobrinho de Snape?
- Parece que você está virando celebridade - disse Harry ,reparando como o menino ficou vermelho por debaixo do inseparavel gorro tentando manter a pose de sério. Olívio se aproximou mais e perguntou.
- Sabe jogar?
A pergunta pareceu causar um impacto um tanto inesperado , mas ,Christ só se limitou a balançar a cabeça negativamente como sempre fazia, Olívio ainda insistiu.
- Não sabe ou nunca tentou? Tome vamos ver como você voa - e ofereceu-lhe a vassoura.
Christ não sabia o que fazer, não mexeu nenhum músculo olhou apavorado para Harry depois para a vassoura e novamente para Harry ,que acenou a cabeça incentivando-o, "vai".
- Ele não sabe é voar - disse Draco que vinha chegando com o resto do time, pelo que parecia viram também a chegada de Christ e vieram amolar um pouco.
- Mostra pra ele que você sabe . - incentivou Fred.
- Faça ele engolir as próprias palavras.. - continuou Jorge.
- Eu não disse ?- debochou Draco - um molengão , esquisito, Christ o esquisito, - os outros também riram sempre prontos para imitar tudo que Draco fizesse, Christ sentiu o sangue ferver puxou a vassoura da mão de Wood e montou-a.
- Oh ! - fez Malfoy colocando as mãos na face e arregalando os olhos fingido espanto - vamos ver quão alto ele voa ,aposto que se subir dois metros volta correndo pro chão ,e vai depressinha se esconder na saia do titio Snape - essas ultimas palavras foram ditas num tom de rancor e desprezo, agora Harry tinha certeza que Draco estava com bronca porque ele não era mais o pupilo querido de Severo.
Com a vassoura em punhos o menino deu um impulso e ela subiu... não mais que a altura de um salto fazendo Christ desequilibrar-se cair com tudo afundando a cara na neve e na lama logo abaixo.
Ouve um breve silencio que foi logo em seguida quebrado com os risos dos jogadores da Sonserina , riam de se acabar, Draco rolava no chão.
- Se eu tivesse feito a aposta - dizia entre gargalhadas - eu estaria mais rico .
Harry que botara toda a fé em Christ , não entendia o que acontecera ,tentou ajudar o menino se levantar mas este o repeliu com o braço dispensando a ajuda, com o rosto sujo de lama , Harry viu que seus olhos estavam vermelhos e lacrimejantes.
- Eu te avisei que não queria vir - rosnou cheio de magoa e correu em direção ao castelo.
- Lá vai ele agora para os braços do titiozinho. - gritou Draco para todos ouvirem.
Harry queria meter um soco em Draco e desmontar aquele sorriso da cara dele, mas achou melhor ir ver Christ , ele se sentia culpado, fez o garoto ser humilhado na frente de todos, justo ele ,que era a única pessoa em que Christ confiava.
Encontrou-o no dormitório, estava sentado na cama com a cara mais aborrecida do mundo ,jogava uma bola contra a parede fazendo-a quicar de volta a sua mão, não deu atenção quando Harry se aproximou , seu rosto estava vermelho de raiva.
- Olha... eu.. não sabia que aquilo ia acontecer... - Harry parecia estar escolhendo o que dizer - não devia ter insistido para ir ao treino ,devia ter falado para o Wood que você não estava afim de voar.. - Christ continuava calado jogando a bola ,fazendo de conta que Harry nem estava lá - te peço desculpas mas se você não quiser aceitar eu entendo. Puxa! Eu nunca mais vou tentar forçar alguém a fazer uma coisa que não sabe fazer , veja só você ,deve estar com tanta raiva, pois achou que eu era seu amigo e olha que eu fiz...- Harry se sentia desolado e que dera uma grande mancada, como não houve nenhuma palavra por parte do menino concluiu que ele resolvera deixar de falar novamente. Quando estava a meio caminho da porta ouviu Christ comentar.
- Nunca aprendi porque nunca me ensinaram. - na sua voz , não havia censura apenas decepção - Me prometeram e estou ainda esperando a aula.
Harry continuou parado na porta e ainda de costa disse.
- Se quiser eu ainda te ensine...
- Mas só se for longe de todos - essa ultima frase parecia quase uma suplica .
- Sem problemas - prometeu Harry e quando se virou pode ver que Christ estava sorrindo ,ele devolveu o sorriso ,aliviado por o garoto não guardar magoas. - Ei isso não é uma bola de beisebol? - perguntou apontando para a bola que Christ estivera jogando na parede.
- É ganhei da mamãe, ela gosta de jogar comigo, sempre disse que arremesso muito bem - disse distraidamente olhando para a bola - minha mãe gosta muito de brincar e seus pais brincam com você?
- Não, - respondeu Harry ,um tanto confuso - eles morreram você não sabia?
- Não, sinto muito, você nunca me contou , isso faz muito tempo ?
Harry que não se sentia muito a vontade quando lembrava a morte dos pais, estranhou pelo fato do menino não saber como seus pais morreram se todos do mundo dos bruxos sabiam, mas limitou-se a responder desanimado, quase triste.
- Foi quando era um bebê ainda - logo em seguida desconversou - então amanhã depois do almoço iremos no descampado perto da casa do Hagrid treinar vôo . .
- Tudo bem ,mas longe de todos ,ok ? - tornou a insistir.
- Ok. - disse pacientemente.
 seguindo o menino ele disse meio sem jeito.
- Hum... é ... , obrigado. Estou te devendo uma.
- Eu que devo agradecer, por ter ajudado a recuperar Fluc.
- Mas não fui eu , foi seu tio que... - Harry lembrou como Snape aparecera no momento exato , parecia que ficava vigiando o sobrinho quase o tempo todo - ele apareceu e...
- Ei sei mas você me defendeu ,ninguém nunca fez isso por mim aqui.
Harry parecia satisfeito com a conversa que estava travando com Christ, pois antes só conseguia tirar alguns grunhidos como respostas quando tentava perguntar algo a ele.
- Talvez meu tio não quisesse que eu brigasse com Draco - disse ajeitando o gorro que sempre usava quando não estava com um boné ou com o chapéu cônico de bruxo - mas faz tempo que ando irritado com aquele moleque.
- É, mas arranjou uma briga mais feia do que parece.
- Como assim?
- Draco era o favorito de Snape e vê você como uma ameaça a atenção que o professor dispensava para ele, duvido que ele se entregue sem luta.
- Não ligo a mínima para ele - retrucou Christ parando diante o quadro da mulher gorda e dizendo a senha - Unicórnio prateado.
Naquele momento Harry percebeu que Christ não era nenhum tapado como dizia os gêmeos, apesar de parecer isolado ele captava tudo a sua volta pois sabia a senha como se fosse muito natural, subiram até o quarto . Rony estava lá debruçado sobre a cama fazendo os deveres e estranhou ver os dois chegarem juntos ,mas logo que Christ o viu mergulhou novamente na frieza e no silencio não querendo dizer mais nada foi direto se deitar.
-O que vocês estavam fazendo? - perguntou Rony.
- Conversando. - respondeu Harry tentando ser natural.
- Ah , conte outra - riu Rony.
- Sério - confirmou Harry baixinho para Christ não ouvir e contou o que ouve.
- Sabe de uma coisa - disse Rony pensativo depois que escutou o relato de Harry - ele precisa de alguém para confiar e você tentou ajuda-lo por isso confia em você.
- Está parecendo a Hermione falando. - zombou Harry , mas não deixou de concordar com Rony, que agora estava copiando um mapa das estrelas do sul, um projeto que estava fazendo junto com Hermione, Harry sabia que qualquer coisa que se fazia com ela teria que ter paciência porque como sempre a menina ia além do que os professores pediam, o mais incrível é que Rony não estava se importando tanto assim , ultimamente estava passando mais tempo a sós com Mione que o normal. Harry tinhas suas suspeitas mas preferiu não comentar nada , era melhor que ver os dois discutindo.

                                                                                                            


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