O pátio vai à Hogwarts -  Capítulo 3 - Alvo Dumbledore em carne osso e mágica
Capítulo 3 - Alvo Dumbledore em carne osso e mágica
 
- Chegamos! Acordem logo para não atrasar o ônibus – gritava o Quase-nada batendo na porta dos leitos.
- Ô maluco!! Quer acordar todo mundo! – Mingal resmungou.
- Já são 4:30h. somos os últimos aqui. E andem logo que quero estar em casa antes do Programa Raul Gil.
- Credo, Quase-nada!! Você assiste aquele lixo? – perguntei no meio de uma risada e enquanto ajeitava o meu cabelo.
- Claro! Principalmente o quadro Sandy e Júnior...
Pegamos nossas poucas coisas e seguimos a caminho da porta. Menos o Querubim que ficou parado olhando a janela.
- Bora, menino! – falei.
- Tá nevando! – ele disse.
- Como é que é? – se admirou Odécio e foi olhar também – caramba!! Tá nevando mesmo! E muito! Não dá para ver nada lá fora, só um imenso tapete branco...
- Claro que está nevando! Estamos no final de novembro. Pleno inverno europeu –Quase-nada falava e colocava um casaco. Não parecia se importar com o fato de que morreríamos de frio só no caminho do castelo.
 
Batidas violentas na porta do ônibus interromperam nossa preocupação com o frio e nos deram mais uns mil motivos para nos preocupar. No entanto, o Quase-nada parecia tranqüilo. Pagou o condutor e se despediu:
- Thanks, mister Prang! See you later, Stanislaw – ele disse.
- Good bye! – disse o simpático condutor enquanto o motorista só acenava.
Os olhos da galera pareciam que iam saltar de suas órbitas. Eu não podia ver os meus mas eles deveriam estar da mesma maneira. Outra vez o barulho na porta, agora seguido por um uivo de animal grande que arranhava a porta. Eu lembrava de tudo que eu tinha lido sobre a floresta proibida e descer daquele ônibus num frio da porra e com um animal desconhecido rondando, estava fora de cogitação.
- Vamos! – ele disse tranqüilamente enquanto ajeitava seu casaco e pegava a sua varinha – Lumus! - Uma luz apareceu na ponta da varinha e iluminou o ônibus. E como se não estivesse ouvindo nada, abriu a porta.
- Quase-nada, você não acha que... – Crazyman tentou alertar.
- Good night , Hagrid! How are you?
O gigante segurou bem forte a coleira do cachorro que trazia, e que era o responsável por aquela barulheira toda.
- Good night, mister Almost-nothing! I´m fine. I hope that you had had a wonderfull travel – disse o guarda-caça de barbas escuras que numa mão trazia Canino e na outra 5 casacos. Ele usava uma capa enorme de pêlo de animal bem pesada.
- Hagrid? Rúbeo Hagrid? Ele é enorme! Não pensei que fosse tão grande – a Thaís estava boquiaberta com o tamanho impressionante do guarda-caça.
Todos nós ficamos paralisados diante daquela gigantesca criatura. Até ali, talvez não tivéssemos dimensão do que viria pela frente, mas a figura de Hagrid tornou tudo real demais.
- I´m sorry! I didn´t know that you are more than five – O guarda-caça de Hogwarts abriu um sorriso para Thaís – But you can take my coat, ok? It´s freezen today!!
Vestimos nossos casacos e seguimos em direção ao castelo. Que visão!! Tive vontade de chorar. Nem nos meus sonhos Hogwarts seria tão linda. Suas torres pareciam alcançar o céu. A neve caindo enquanto o sol se esforçava para aparecer atrás da construção magnífica... Ali bem perto a cabana de Hagrid, que realmente parecia um bolo confeitado. A floresta proibida que pela manhã não tinha uma imagem tão assustadora. E o corujal, onde naquele minuto chegava uma coruja marrom, ela balançou as asas e foi se aquecer com as companheiras.
- Here we are – Hagrid parou em frente ao castelo – I need go now, but professor Dumbledore is waiting for you. Bye, kids!!
Demos um tchau meio sem graça para Hagrid que saiu em direção aos estábulos, provavelmente para cuidar dos seus bichinhos.
- Então vamos... – a enorme porta de Hogwarts se abriu.
- Deslumbrante!! – falei.
- É a coisa mais impressionante que pode haver sobre a Terra – Odécio concluiu.
Quase-nada nos conduzia pelas salas e corredores. Nós íamos observando cada mísero detalhe. Querendo guardar na memória tudo que pudéssemos. Os quadros nas paredes também nos observavam e saíam de uma moldura para outra para poder nos acompanhar por mais tempo. As figuras cochichavam umas com as outras e olhavam para nós. Teve até uma garotinha de olhos bem clarinhos que trajava roupas tão esquisitas que nem a Tomoio teria coragem de fazer a Sakura* usar, ela acenou para o nosso grupo, só o Querubim devolveu o aceno.
Chegamos ao Salão Principal. Como eu imaginava ele realmente não tinha teto, ou não aparentava ter, somente uma bela imagem de céu encantadora. Lá estavam também as grandes mesas das casas, todas de madeiras nobres. As velas, a essa altura do dia apagadas, flutuavam sobre nós em castiçais de ouro. Mais a frente, a mesa dos professores, a onde bem ao centro se destacava o lugar de Alvo Dumbledore, o ilustre diretor de Hogwarts. Dava quase para ver ele fazendo brindes ali, ou comemorando o final do ano letivo, ou talvez ainda, lamentando a morte de Cedrico Diggory.
Atrás da mesa dos professores as flâmulas das casas desciam pelas paredes. De linho nobre e pura seda, bordadas em rica pedraria ela lembravam os 4 grandes de Hogwarts. Os nomes cintilavam em amarelo, vermelho, azul e verde. Hufflepuff e o brasão do texugo, Griffindor e o leão, Ravenclaw e a águia e finalmente Slytherin e a cobra.
- Mister Almost-nothing, good morning!
Gelei. No canto do salão principal, em frente a uma imensa escadaria, nada mais nada menos que a professora Minerva Macgonal. Seria impossível não reconhecer uma senhora gentil mas de aparência severa e justa que já naquela hora da manhã usava suas vestes com o brasão da Grifnória no peito, nelas não havia sequer uma dobra ou sujeirinha mostrando o cuidado que ela tinha com elas.
- Good morning, professor Macgonal! – Quase-nada fez uma reverência e beijou a mão da senhora, meio a contragosto dela.
- Good morning! – ela dirigiu-se a nós – I will take to up stairs to see professor Dumbledore. After, you can relax in your bedrooms.
Ela nos apontou a escada, começou a subir e nós a seguimos.
* do mangá Sakura card captors que atualmente passa na globo
Enquanto passávamos por todas aquelas salas e aqueles corredores diferentes, estranhos e curiosos, professora Minerva conversava com Quase-nada. - They are very young. We were expecting professors olders than theirs...
- Yeah! I don´t know why too! But I think that they will do everything that you need...
- I Hope so! Or students are very afraid becouse Cedric is dead – voltou a olhar para nós - You should be very tired, but I believe that Dumbledore won´t spend much time. Just a few minutes, ok?
Eu e o mingal fizemos menção de responder, mas o Quase-nada interrompeu:
- They don´t speak english!
- What? – ela pergunrou indignada – It means that these kids aren´t understanding me since they came here...
- Yes? – disse ele sem levantar a vista.
Ela pegou sua varinha e a fez girar graciosamente pelo ar fazendo faiscar gotículas brilhosas em vermelho e disse:
- Parlatus english - e continuou a falar. Com a diferença que agora nós entendíamos tudo como se fosse Português - Por favor, rapaz!! Como você é capaz de fazer uma coisa dessas? O que custava fazer um feitiço simples como esse?
- Desculpe, mas não me ocorreu...
- Desculpas você não deve a mim, mas a eles... Agora vamos! Basta subir as escadas que vão bater na porta da sala do diretor. Banana! – uma escadaria surgiu em nossa frente.
Subimos um tanto ansiosos com o que estava por vir. Estava na hora de saber porque fomos chamados e encarar Alvo Dumbledore.
- Olá, crianças! Que bom que chegaram!! Olá, Quase-nada! Fizeram uma boa viagem? Não reparem nos meus trajes. Chegaram tão cedo que nem tirei meu pijama ainda – Dumbledore falava animado dentro do seu pijama de luas e estrelas azul bebê.
- Bem... Estão entregues, professor. Tenho que ir... O senhor sabe como as coisas estão por lá... Não podemos mais perder tempo!
- Vá! Ah... E não se preocupe com as bagagens deles... – o diretor falou quando Quase-nada já saía pela porta.
- Ãh? Bagagem?- coçou a cabeça – Ah, sim!! Claro!! - Confirmou.
Sussurrei para Thaís surpresa de estar falando em inglês, mesmo pensando em português e sem fazer o menor esforço:
- Que bagagem? – a Thaís levantou os ombros em resposta.
- Sentem-se, crianças! Temos de conversar... Accio cadeiras!! – as cadeiras vieram para perto de nós.

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