Harry Potter e o Toque de Prometeu - Capítulo 18 - Por um julgamento
justo
Capítulo 18 - Por um Julgamento Justo
Sirius sorriu para Harry de cima de sua moto e
disse, ignorando completamente a presença do
gárgula:
- Suba, vamos.
- E ele?
- Harry, isso aí é um gárgula!
- Ele é muito simpático, Sirius - Sirius olhou-o
incrédulo- Não sabia que você era tão
preconceituoso.
- Acho que você está andando tempo demais com
Rúbeo Hagrid.
- Sirius, ele salvou minha vida!
- Estou ficando farto desta história... parece que
todo mundo salva a vida de todo mundo por aqui...
- Gerárd não quer briga entre pai e filho por
causa dele - disse o gárgula humildemente
- Ele não é meu pai, é meu padrinho - Harry olhou
feio para Sirius que o olhava incrédulo, parecia que
Harry resolvera ter seu primeiro surto de rebeldia
adolescente, e justo com ele. Depois de tudo que
acontecera nas útimas horas, era o fim.
- Harry, não vamos levar um gárgula para
Hogwarts... não é como carregar um gatinho para casa
num temporal, te garanto.
- Gérard não querer ir, Harry Potter. -
interrompeu o gárgula.
- Como? Você quer ficar aqui?
- Aqui é a casa de Gérard. Não há nada fora que
Gérard queira... Gérard só pede uma coisa a grande
bruxo do cavalo estranho que ronca como um cão...
podeis reparar minha asa? Não vos preocupais! Asas de
gárgulas não conseguir levar Gerárd além da
fenda... Só querer ir um pouco mais alto... Um pouco
mais alto que o fundo.
Sirius sorriu. Sabia que realmente as asas do
gárgula jamais levariam aquele corpo de pedra a mais
de dez metros do chão. Sem hesitar, apontou a varinha
e disse:
- Reparo!
- E as asas do gárgula apareceram
completamente curadas. Gerárd experimentou as asas com
um sorriso, que mesmo em sua face de pedra, mostrava um
júbilo de quem esperara por isso mil anos. Ele
agradeceu e acompanhou Harry e o padrinho até um
determinado ponto, depois ficou acenando enquanto via a
luz da motocicleta sumindo na escuridão. No caminho,
Sirius foi contando o que acontecera, e como ele
conseguira fazer a moto passar pela barreira, o que fora
consideravelmente mais fácil depois que os Death Eaters
tinham sido postos fora de combate. Quando eles chegaram
à superfície da fenda, ela estava repleta de Aurors e
da polícia do ministério.
Dois policiais do ministério vigiavam duas múmias
enroladas em cordas que Harry concluiu serem Sibila e
Wormtail. Harry pôde ver a um canto Sheeba deitada em
uma maca sendo atendida por um médico bruxo baixinho,
Rony e Hermione sentados numa pedra, dividindo um
cobertor e Snape conversando com Alvo Dumbledore, que
o ouvia com expressão grave. Próximo ao fosso dos
ratos, Moody Mad Eye parecia fazer um complexo
feitiço para isolá-los lá dentro, no que era
observado por Conélio Fudge, visivelmente nervoso.
Este, ao ver Sirius, gritou:
- Peguem-no! é Sirius Black!
- Não seja ridículo! - Snape gritou - Eu já
expliquei que ele é inocente e agora pode provar!
- Severo Snape tem razão. - Alvo Dumbledore
aproximou-se do ministro da magia com a mesma
expressão grave que Harry vira umas poucas vezes na
vida - Eu venho tentando um julgamento justo para
Sirius há dois anos, Cornélio, e você vem negando.
Agora, tenho o testemunho de bruxos idôneos como
Sheeba Amapoulos e Severo Snape e não peço, mas
EXIJO um julgamento justo para Sirius Black. Ele
MERECE essa reparação.
Cornélio Fudge engoliu em seco... não podia fazer
nada agora.
- E ele tem o direito de aguardar o julgamento em
liberdade, é o mínimo que podemos fazer depois de
doze anos trancado injustamente em Azkaban com os seus
dementadores.
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Depois Harry soube porque ele, Sirius e Snape tinham
sido os únicos que não haviam sido afetados pelos
ratos de Wormtail: Snape tinha uma roupa protetora
também, e fora ele que ensinara Sheeba a tecê-las.
Estava em observação no hospital St Mungos, junto
com Rony e Hermione, que tinham cada um uma garrafinha
de soro revigorante flutuando ao seu lado. Estavam
sentados numa sala de estar com poltronas largas,
conversando. Rony e Hermione contaram como Sirius deu
o beijo da vida em Sheeba, e Hermione frisou bem que
este feitiço custava um ano de vida a quem o
aplicava. Harry por sua vez falou de como Voldemort
desaparatara achando que ele fosse se arrebentar no
fundo do precipício e de seu passeio com Gerárd, o
gárgula. Então, Rony perguntou:
- Você sabe quem está aqui também, não é? Cho
Chang. Ela foi enganada por aquele inseto da
Trelawney, parece que ela estava tentando comunicar-se
com os mortos...
- Sei. Disse Harry. Depois eu vou visitá-la - Mas
na verdade não sentia vontade nenhuma de fazê-lo -
Porque não vamos ver Sheeba?
Entraram no quarto de Sheeba, que estava sendo
vistada por três bruxas e parecia muito melhor agora.
Ainda estava muito pálida, era verdade, e a marca em
sua testa parecia quase negra agora, mas sorria. As
bruxas conversavam com ela tão animadamente que dava
para ouvir suas risadas do corredor. Lupin e Sirius
estavam conversando baixo à janela, eventualmente
Sirius dava um olhar aborrecido na direção das
Bruxas (ciúmes, pensou Harry). O sol batendo no rosto
de Lupin mostrava que como sempre ele tinha olheiras e
uma aparência ligeiramente cansada.
- Harry! - Sheeba exclamou- Venha conhecer minhas
amigas: Essas são Silvia Spring (uma bruxa meio
avantajada de corpo, com uma face muito amigável e o
cabelo realmente muito bonito), Beth Fall (uma bruxa
morena de cabelos negros e olhar malicioso) e Liza
LionHeart (Uma bruxa ruiva de ar aristocrático e
olhar meio distante). Este é meu afilhado, bruxas,
ele não é adorável? - seguiu-se uma sessão de
elogios em que as bruxas o deixaram muito sem graça
comentando sua coragem e ousadia... Harry procurou
olhar para o outro lado, sentindo as orelhas queimando
e então ele viu...
Um pouco mais longe da cama de Sheeba, no lado
oposto estava a bruxinha mais adorável que ele já
vira na vida: era bem morena e tinha uma face larga,
com olhos pretos maliciosos, ela olhou-o e deu um
sorrisinho tímido... Harry sentiu imediatamente uma
vontade louca de convidá-la para dar uma volta de
vassoura. Mal ouviu quando alguém disse:
- Bianca, venha conhecer Harry Potter. -a bruxinha
aproximou-se dele e disse um "oi ", quase
inaudível, que ele respondeu no mesmo tom. só então
percebeu que ela era filha de Beth Fall e se viu
perguntando-se o que aquela menina estava fazendo fora
de Hogwarts...
- Ela estuda em High Hill, na Escócia, Harry -
disse Sheeba a ele assim que as bruxas saíram do
quarto.
- Quem?
- Bianca, Harry. Eu vi como você a olhou.- Disse
Sheeba rindo - Mande uma coruja para ela, acho que ela
vai adorar...
- Por falar em coruja, Sheeba, chegou mais uma para
você... Sirius segurou com uma cara de ciúme uma
vistosa coruja negra - acho que você se corresponde
com muita gente - disse passando-lhe um cartão
mágico desejando melhoras, que cantava e dançava.
Logo depois apareceu uma coruja amarelada caolha e
Sirius olhou o remetente do novo cartão de melhoras:
- Quem é Sobrenatural de Almeida?
- Um amigo meu lá do Brasil...
- Eu digo que é gente demais....
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O julgamento de Sirius aconteceu dias depois .
Sirius compareceu diante do Juiz e Alvo Dumbledore
apresentou a defesa em cinco minutos, convocando
apenas Snape e Sheeba para depor (o que frustrou um
pouco Rony, que queria muito participar, como sempre),
a simples prova da existência de Wormtail parecia
inocentar Sirius. Quando Avatar Fernandez, Auror e
promotor do ministério da magia levantou-se, Harry
esperava que fosse começar alguma espécie de debate,
mas ele simplesmente disse:
- Diante de provas irrefutáveis, o Ministério da
Magia retira todas as acusações que foram imputadas
a Sirius Black, devolvendo-lhe todas as antigas
funções e pede a este tribunal que estude uma
condecoração por mostrar bravura em diversas
ocasiões.
Simples assim. Em menos de vinte minutos, Sirius
Black estava totalmente livre.