Harry Potter e o Servo do Lord das Trevas - Capítulo 3 - O estranho
Capítulo 3 - O estranho
 
A viagem até Londres foi divertida. Ninguém deu uma palavra. Tio Válter sempre reclamava, inclusive quando paravam no sinal.
- Olhe para essa gente... - disse tio Válter apontando para um grupo de pessoas paradas, vestidas estranhamente com capas roxas, que Harry logo reconheceu: eram bruxos como ele. - O Halloween nem chegou, e esse pessoal já está de fantasia!
Harry porém olhou atentamente. E reconheceu uma dessas pessoas.
- Pára tio Válter! - Harry gritava, tentando abrir o vidro, que tia Petúnia trancara - Aquele é meu ex-
professor Lupin. Deixa eu falar com ele!
- O quê? - disse tio Válter fazendo cara de espanto - Vamos, abra sinal! - ele gritou - Não quero essa gente
suja perto do meu carro!
- Deixa tio! - gritava Harry - Prof. Remo Lupin! - mas era tarde demais. O sinal abrira, e tio Válter arrancou
com o carro o mais rápido possível. Porém,quando Harry já desanimado olhou para trás, o ex-professor de Defesa contra Artes das Trevas, Remo Lupin, olhou para Harry, deu um sorriso e piscou, acenando.
Harry já se sentia um pouco melhor. Tinha visto o melhor professor que já tivera em Hogwarts. Mas achou
estranho ele e os outros bruxos andarem vestidos daquele jeito pelas ruas trouxas, de tarde.
- Você podia ter esperado para eu falar com ele. - disse Harry desanimado.
- Com ele quem? - perguntou tio Válter.
- Com o melhor amigo do meu padrinho. - disse - Prof. Remo Lupin, meu ex-professor em Hogwarts. Era melhor amigo do meu pai também.
Tio Válter ficou em silêncio. Não conseguia achar resposta para dar. O primo Duda, se espremeu contra a
porta para ficar mais longe de Harry. Harry ficava feliz com isso. Pela primeira vez, Duda sentia medo do primo. Tio Válter parou o carro numa rua bastante movimentada de Londres.
- Tem certeza que é aqui, moleque? - perguntou tirando o malão de Harry do porta malas do carro, enquanto Harry pegava a gaiola de Edwiges.
- Tenho. - disse Harry olhando para um pequeno barzinho, que os trouxas passavam reto. - Aqui mesmo.Obrigado.
O tio nem respondeu e partiu. Deixando Harry sozinho. Com certa dificuldade, Harry pegou seu malão,
que ainda não estava cheio de livros, e a gaiola de Edwiges, e entrou n'O Caldeirão Furado.
O dono logo veio o ajudar.
- O que está fazendo aqui, Harry Potter? - perguntou o balconista educadamente.
- Resolvi passar as últimas semanas , antes de ir para Hogwarts, aqui. - disse - Pode me arranjar um quarto?
- É lógico, Sr. Potter. - disse o bruxo, e correu para pegar uma chave. - Nosso melhor quarto. Me acompanhe.
E Harry o acompanhou. Porém, antes de entrar no quarto, Harry teve a impressão de ter um homem os
seguindo. Parou e espiou os lados.
- O que foi, Sr. Potter? - perguntou o balconista.
- Tinha alguém nos seguindo. - disse Harry meio apavorado - Alguém que usava um chapéu.
- Deve ser o novo hóspede. - disse o balconista pegando a gaiola de Edwiges - Ele é meio estranho, mas não é perigoso. Veio com a família.
- Claro, preocupação boba. - disse Harry se sentando na cama macia da hospedaria - Muito obrigada.
- De nada. - disse o balconista, se retirando - Mas lembre-se: precaução nunca é demais! - e bateu a porta
delicadamente.

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