Diana passou o resto das resto das férias
tentando aprender o máximo possível sobre as
matérias mágicas. Além disso tinha que
cuidar de Filé que estava realmente
crescendo. Também ajudava Susane a arrumar a
casa. Quando não estava fazendo nada disso,
estava escrevendo para Lilly, elas se
corresponderam o resto das férias.
O único problema de Diana era ter que
aturar 2 horas de viagem sozinha no dia do
embarque pois Lilly já estava no castelo.
Além disso, estava curiosa para saber em qual
casa ficaria. Lilly tinha contado que eram 5
casas em Incantatem: Lincy, Floris, Trancis,
Estis e Salmas. Cada uma valorizava uma
característica pessoal.
No dia 1o
de setembro, Diana acordou bem cedo, Arrumou
todo o material no malão e prendeu Filé na
gaiola que tinha comprado. Pôs o leite e a
comida para Nys, aprontou o café e pôs a
mesa antes de Susane acordar.
Só iriam embarcar as 3:30, Diana ficou
louca de ansiedade o dia todo. Saíram de casa
as 2hs. A estação era no fim da Galeria
Quadrante. Foram mais uma vez até a
lanchonete. Ainda parecia extremamente
apertada, mas a ausência da multidão
uniformizada a deixava mais aturável. As
únicas pessoas que estava lá dentro eram uma
mulher de pouco mais de 30 anos e um garoto
que deviam ser seu filho.
Diana ficou com o olho parado na mulher.
Usava os cabelos curtinhos, castanho meio
avermelhados e grandes olhos castanhos. Era
magra, de corpo atlético, e era bonita. O
menino era bastante parecido com ela, mas o
nariz era bem diferente. Tinham a mesma cor de
olhos, o mesmo formato do rosto.
- Anda menino comia lentamente um salgado e
tinha metade do copo cheio de suco. O senhor
que era dono do local apareceu vindo da
cozinha.
- Susane! Veio trazer a menina?
- Vim sim.
Entraram pelo mesmo caminho de quando vieram
comprar o material. Desceram a rua toda até
entrarem na estação. Uma placa informava
Próximo Trem ? Galeria Quadrante- Beco de
Sampa 4hs?Plataforma. Embaixo a placa seguinte
informava Expresso para Incantatem 3:30?
Plataforma B.
Haviam dezenas de famílias se despedindo
ali. Filé começou a piar para as outras
corujas. Diana viu as inúmeras meninas
vestidas como ela. Até que pôs os olhos em
uma que devia ser uns 3 aos mais velha d que
ela. Tinha pele levemente morena, os cabelos
castanhos muito escuros e muito compridos e
olhos verdes esmeralda. Do lado dela, estava
um menino de pele da mesma cor da menina, os
cabelos mais claros, raspados e olhos verdes
escuros. Ele não devia ter mais de 11 anos.
Era bem baixinho e gordinho.
Foi aí que Diana reparou que ele estava com
as vestes da escola. Eram de um tom mais
escuro que as dela. Eram compostos por uma
calça e uma blusa de botão da mesma cor. Na
altura do peito, do lado esquerdo da blusa
estava bordado o brasão do colégio. O escudo
era dividido em cinco partes. Em cada uma
delas tinha um pequeno símbolo. Em um a face
de um gato, em outro um lírio, o terceiro era
um dragão vermelho, o quarto dois anéis
entrelaçados e o ultimo era um animal que na
frente era uma águia gigantesca e atrás
cavalo. Diana reconheceu imediatamente: eram
hipogrifos.
Só então Diana reparou que em suas vestes
também tinha o escudo do colégio. Na altura
do quadril, estava o brasão. Aonde as partes
se encontravam, havia uma estrela de metal. Em
baixo, tinha as iniciais da escola, EMBI. Era
um escudo bonito.
A menina falava com os pais:
- Pode deixar, mãe, eu cuido do Bruninho.
- Eu não preciso que você cuide de
mim!-respondeu o menino
- Ah! Cala a boca Bruninho!
- Ana Carolina e Bruno, parem agora. –
Disse a mãe.
Diana virou-se para Susane. Ela estava com
lágrimas nos olhos.
- Mãe não chora...
- Eu lembro da minha 1a ida a Hogwarts... E
do meu ultimo desembarque. Sinto saudades das
festas e farras, de todos os amigos que nunca
mais vi e daqueles que sem querer me separei.
- Mãe, você sente muita falta de Narcisa,
né?
- Eu lembro dela pequenininha, com 11 anos
entrando no trem, e dela já formada, trocando
um beijo de despedida com Sírius... Sim, eu
sinto falta dela.
Uma lágrima correu o rosto de Susane. Ela
abraçou a filha e apertou bem forte.
- Tome cuidado hein, nada de passar dos
limites!
- Pode deixar.
- Qualquer coisa é só escrever.
- Claro mãe.
- Te vejo no Natal, então?
- Acho que sim.
Diana pôs o malão dentro de uma das
cabines do trem e correu para fora. Abraçou
Susane mais uma vez, deu um beijo na barriga
dela.
- Cuidem bem da mamãe, viram!
E entrou no trem.
A locomotiva começou a sair da estação.
Diana estava sozinha na cabine. Então entrou
a menina que ela vira na plataforma com o
irmão. Ela olhou Diana e perguntou:
- Você tá sozinha aqui?
- To.
- Posso trazer meu irmão pra cá?
- Pode.
- Você é do primeiro ano, não é? Ele
também. Aliás, qual é seu nome?
- Diana.
- Prazer. Meu nome é Ana Carolina, pode me
chamar de Carol.
A menina saiu e voltou alguns minutos depois
com o menino que Diana tinha visto na
plataforma com ela e um malão.
- Diana, esse é meu irmão Bruninho. Ninho
essa é a Diana.
- Oi.
- Oi.
- Bom, eu vou lá, as meninas estão me
esperando.
Ela saiu e Diana e Bruno ficaram sozinhos.
Ele começou a falar primeiro.
- Você é do segundo ano?
- Não sou do primeiro.
- Eu também. Você tem quantos anos?
- Onze e você?
- Faço onze em dezembro.
- Todo mundo da sua família é bruxo?
- Meu pai, eu e a minha irmã. Minha mãe é
trouxa e você?
- Ah! Meu pai era trouxa. Minha mãe é,
como é que se chama? AH! Lembrei! Sangue
puro...
A porta de cabine abriu. O menino que Diana
vira na lanchonete com a mãe estava na porta,
com o malão do lado.
- Dá licença, posso sentar aqui?
- Pode- respondeu Diana- Qual seu nome?
- Yan, e vocês?
- Diana.
- Bruno.
- Vocês são do primeiro ano?
- Somos- disse Bruno- Você também?
E foram juntos conversando os três até
chegar a estação. Lá quando desceram Lilly
estava esperando. Ela abraçou Diana. E Diana
começou as apresentações:
- Meninos, Lilly. Lilly, esses são Bruno e
Yan.
Os dois ficaram algum tempo olhado pra ela
até serem acordados pela voz da menina.
- Entrem nas carruagens, elas vão nos levar
pro castelo. Ah, é lindo! Até mais que
Hogwarts e maior também! Minha mãe não
deixou eu ver que casa eu vou ficar. Meu avô
deixava eu usar o chapéu seletor, eu quero
ser selecionada logo!
As carruagens eram pérola, todas
trabalhadas. Na porta tinha o brasão da
escola e eram puxadas por belos cavalos
brancos. O quatro entraram na carruagem.
Após alguns minutos, eles desceram na
frente de um belíssimo palácio. Era todo
marfim e reluzente. Belas torres se erguiam
imponentes atrás de uma cortina de água,
como uma cachoeira vinda do nada. Um grande
jardim ocupava grande parte do lado direito do
castelo do outro lado haviam algumas estufas e
uma cabana de madeira.
A cortina d’ água terminava em um lago
reluzente, e na frente dele o gramado aonde
estavam parados.
- Uau!- Foi a única coisa que conseguiram
dizer.
Uma menina de vinte e poucos anos juntava os
alunos do 1o ano. Os demais se dirigiam aos
barcos do lado oposto. Era mais ou menos alta,
tinha cabelos ruivos e encaracolados. Seus
olhos eram castanhos claros e ela vestia o
uniforme da escola com chapéu de professora.
- Olá eu sou Fernanda, inspetora do
colégio. Vocês vão ser selecionados daqui a
pouco para suas respectivas casas. Mas
conversaremos lá dentro. Entrem nos barcos,
de quatro em quatro.
Diana, Lilly, Bruno e Yan entraram no barco
mais próximo. Fernanda bateu a varinha na
margem e os barcos deslizaram silenciosamente
pelo lago. Quando se aproximaram da cortina d’água,
Fernanda voltou a falar:
- Prestem atenção isso será útil.
Paratis!
A água parou de cair no espaço aonde eles
passavam e só recomeçou quando o ultimo
barco passou. Foram descendo dos barcos e
continuaram juntos. Foram subindo as escadas
do palácio atrás de Fernanda. Quando
chegaram ao Hall de Entrada, se surpreenderam.
O teto era todo de vitrais que mexiam. Eram
vária fadinha que voavam e sua luz iluminava
o Hall.
Fernanda os conduziu até uma sala, tinham
vários pufes pretos no chão. Fernanda fez
sinal para que sentassem e ela mesma sentou em
uma mesa que estava ali. Abriu um imenso
sorriso, que a fez parecer ainda mais nova.
- Bem vindos a Incantatem.-começou- Daqui a
apenas alguns minutos a cerimônia de
seleção vai começar. São cinco casas em
Incantatem. Cada uma valoriza um tipo de
personalidade. Elas se chamam Lincy, Floris,
Trancis, Estis, e Salmas.- A cada nome que ela
falava surgiam da ponta da varinha os
símbolos das casas. O de Lincy era o rosto de
um gato preto em um fundo roxo. Floris um
Lírio em um fundo branco. Trancis um dragão
vermelho em um fundo verde. Estis dois anéis
entrelaçados em um fundo vermelho. E Salmas
um hipogrifo em fundo azul.
- Lincy valoriza os aplicados de
inteligência desenvolvida. Floris os bondosos
e pacientes. Trancis os ambiciosos, de força
interior. Estis os corajosos, ousados e leais.
Salmas os orgulhosos de pensamento perspicaz.
Seus atos, se corretos e favoráveis,
renderão pontos as suas casas. Mas seus erros
as farão com que os descontem. Casas serão
como famílias. Vocês terão aulas com elas,
dividirão o mesmo dormitório, passarão o
tempo livre em seus salões comunais... Bom
agora, vamos, todos estão esperando a
seleção começar.
Elas os organizou em fila indiana e abriu a
porta lateral da sala que dava no salão
principal. Cinco mesas de mármore branco
ocupavam o salão. As cadeiras eram de madeira
branca também. Em cima de cada mesa flutuava
o símbolo da casa a qual pertencia.
De frente para as mesas, uma outra mesa em
semicírculo, aonde sentavam os professores.
Fernanda se sentou na ponta dessa mesa. A mãe
de Lilly se levantou e começou a falar.
- Mais um grupo que se inicia. Chamo-os
agora para serem selecionados. Mas antes,
devem prestar o juramento. Repitam depois de
mim. Eu juro, -todos os alunos novos
repetiram- Nunca quebrar o sigilo sobre magia.
Honrar minha casa, ama-la e respeita-la. Eu
juro, manter minha cabeça oca; após os sete
longos anos que aqui estudarei. E por fim,
juro solenemente não fazer nada de bom!
Todos os veteranos riram, inclusive os
professores e Helena.
- Venham aqui assim que chamados, peguem a
varinha seletora. Ela irá mostrar sua casa de
coração. Depois, a devolvam a sua
almofadinha e sentem-se na mesa indicada.
- Ana Paula!
Uma menina magrinha de cabelos muito longos
e castanhos foi andando até a varinha e a
pegou. A ponta da varinha explodiu e o
símbolo da Estis subiu para o teto ao mesmo
tempo que uma voz gritava o nome da casa.
Diana ficou se perguntando qual seria sua
casa. Enquanto isso, o menino chamado Augusto
era selecionado para Lincy. Ela deixou o
pensamento vagar sem rumo até ouvir:
- Bruno Cezar!
- Estis!
Ela olhou o símbolo subir e viu que o teto
parecia o céu. As estrelas brilhavam. Ela
ficou as observando. Até que:
- Diana Night!
Ela foi andando e pegou a varinha. O
símbolo dos dois anéis entrelaçados sob o
fundo vermelho subiu no ar ao mesmo tempo que
uma voz gritava "Estis!". Ela viu
que ao mesmo tempo que o brasão de Incantatem
em suas vestes tinha sido substituído pelo de
Estis.
Foi andando e se sentou do lado da garota
que também tinha sido selecionada para Estis/
- Oi, Ana Paula, prazer.
- Oi, Diana, prazer.
- Tomara que minhas primas também fiquem na
Estis!
- Quem são?
- Aquela magrinha de cabelo liso escuro é a
Luiza. A mais gordinha de cabelos ondulado é
a Thais. Você já conhece alguém?
- Hum... Só o Bruno a Lilly e o Yan.
Então Bruno trocou de lugar e sentou do
lado de Diana. Eles continuaram assistindo a
seleção. Para a felicidade de Ana, Luiza e
Thais também foram para Estis. Lilly e Yan
também. Além deles, três garotos do
primeiro anos se sentaram perto. Um muito
tímido, que se chamava Gabriel, um gordinho
palhaço que se chamava Luís, e um muito
bonito que se chamava Márcio.
Comeram muito no banquete. Os pratos eram de
porcelana e os talheres de prata. As taças
eram de cristal. Os pratos depois de acabados
se enchiam por mágica.
Depois de comerem, teve o discurso de Helena
Dumbledore. "Espero que aproveitem o ano
letivo, não aprontem muito e blá blá blá".
Então começaram a se retirar. A irmã de
Bruno reuniu a turma do primeiro ano para
conduzi-los a torre da casa. Saíram do salão
para o Hall de Entrada. Subiram uma escada na
esquerda então desceram um grande corredor a
direita.
Levantaram a tapeçaria de uma aristocrata e
encontraram um corredor que terminava em uma
escada em espiral, a direita da escada,
abriram um quadro como se fosse uma porta.
Seguiram por um ultimo corredor, que terminava
em uma estátua. Era uma mulher, muito loira,
vestida como uma fada.
- Uma veela- comentou Carol- Meninos,
cuidado. Não conversem com ela. Sapos de
chocolate!
Assim que ela falou aquelas palavras a
estatua veela se mexeu. Dançou alguns
segundos e a parede e se abriu mostrando um
largo aposento.
Os meninos ficaram parados, olhando para a
estátua de veela como se estivessem
hipnotizados.
- Meninos, entrem!_ Chamou Carol.
Eles pareceram acordar de um transe. Ana
Luiza e Thaís deram uma risadinha. Lilly
balançou a cabeça. Diana ouviu Carol ralhar
com Bruno.
- Nem parece que tem ascendência veela!
Caindo como um patinho.
- Era uma estátua, como eu ia saber?
- Qualquer veelazinha te faz ficar assim.
Bruno resmungou qualquer coisa em resposta.
Então entraram no salão comunal. As paredes
eram revestidas por papel de parede vinho. A
lareira era de mármore branco com detalhes
dourados. Pequenas mesas redondas para quatro
pessoas ocupavam uma parte do salão. Do outro
lado, sofás, pufes e poltronas rodeavam a
lareira. Eram todos de almofadas vermelhas e
armações brancas. Em cima da lareira, tinha
um quadro com uma moça, muito bonita de vinte
a poucos anos. Lembrava muito a inspetora
Fernanda, a não ser pelo detalhe de ter olhos
como do Bruno. Vestia um vestido dourado, mito
bem trabalhado. Ajeitava o cabelo com uma
mão. Ali se notava um anel que eram duas
alianças entrelaçadas. A outra repousava
sobre o vestido.
- Essa é Melanie Estis, fundadora dessa
casa.
A moça da foto sorriu e assentiu com a
cabeça.
- Bem vindos a Estis.- ela falou com sua voz
melodiosa que fez todos os meninos a olharem
embevecidos como se ela fosse uma veela.
- Meninos! Sempre se deixando enfeitiçar
por veelas...-comentou Carol.
- Devem ser escolhidas pessoas com
ascendência veela pra essa casa, não? –
Perguntou Diana- Carol, Bruno, eu tenho
ascendência veela também...
- Nada a ver.-respondeu Lilly- Não tem
ninguém veela na minha família.
Carol indicou a porta do dormitório dos
meninos a eles e a das meninas a elas.
Era um quarto muito grande e bem arrumado.
Sete camas de casal se enfileiravam e entre
elas, pequenas penteadeiras com espelhos e
porta-retratos. As camas tinham cortinas
vermelhas e eram de madeira branca, combinando
com o chão e as paredes de mármore.
Estavam toda muito cansadas, se trocaram e
caíram na cama.