Harry Potter e a História de Olívio Wood - Parte 1
Harry Potter & A História de Olívio Wood
Parte 1
Um homem alto,
magro e de barbas tão longas que era possível amarrar no cinto rondava
aquela rua deserta e escura, procurando ninguém sabia bem o quê. Alguns
vizinhosobservavam
curiosamente ele passar inúmeras vezes pelo número quatro, com uma cara de
absoluta preocupação. Parecia que algo que ele procurava estava lá
dentro. Mais de meia hora ali até que, de dentro da casa número quatro
saiu um garoto; um garoto de desajeitados cabelos negros, óculos redondos,
olhos verdes e uma curiosa cicatriz de raio na testa, segurando um malão e
uma gaiola em que dormia uma lindo exemplar de coruja albina.
Os vizinhos
observaram-no atentamente.Apesar
de já morarem ali a muito tempo, nenhum deles já o tinham visto naquela
casa, junto com os moradores dali, os Dursley. A porta se fechou com um
baque e o garoto e o homem começaram a andar pela rua como se já se
conhecessem a muito tempo.
- Ahn... ah, bom,
Harry... – disse o homem, encarando o menino com seus olhos azuis
penetrantes - ainda bem que você apareceu... já estava ficando... sabe,
preocupado...
- Ah, sim, professor... é que minha tia mandou eu....
cortar a grama... – disse o Harry, parecendo um tanto constrangido – e
me ameaçou de não deixar eu ir com o senhor, sabe... meio chato...
- Sei... – o homem fez um trejeito de constrangimento
e, parecendo querer mudar de assunto, falou - a propósito, amanhã é seu
aniversário, não é?
- Ah, sim... –
disse o garoto, levantando um pouco o malão, que estava o deixando meio
bambo.
- Deixe-me ajudá-lo
– disse o homem, que , percebendo a dificuldade do garoto, tirou um objeto
semelhante a um palito e disse – mobilliocorpus!
Como mágica, o
malão começou a seguir o “palito” e Harry pareceu respirar um poucomais sossegado.
Os dois
caminharam silenciosamente até um terreno baldio e o homem finalmente
disse:
- Harry, me
ajude. Se eu soltar isso aqui – lançou um olhar apreensivo ao
“palito” e continuou – o malão cai. Por favor, pegue a sua varinha e
levante, para que possamos chamaro
Nôitibus....
Harry fez o pedido e, de repente, um ônibus enorme, roxo berrante,
estacionou na frente dos dois e eles puderam entrar.
- Oh! Neville!
– disse um jovem de aproximadamente vinte anos e com a cara cheia de
espinhas – Quer dizer, Harry Potter! Nossa! Que honra temosde tê-lo aqui novamente, não é, Ernesto? E o senhor.... Alvo
Dumbledore no Nôitibus! A que devo a honra?
- Hum,
imprevistos, Lalau. Queremos dois lugares, por favor. – disseDumbledore e Harry fez menção em pegar a carteira no malão, mas
estesegurou suamão e disse -Enquanto
você estiver comigo, sua acomodação está toda por conta de Hogwarts...
afinal, você irá para Hogwarts...
- Hogwarts,
então? – perguntou um homem mais velho, sentado de frente para o volante,
que parecia ser o motorista. – Vamos logo que a Sra. Drigoy precisa chegar
no Caldeirão Furado antes das oito. – disse, e apontou para uma mulher
franzina que estava deitada na primeira cama do ônibus.
Dizendo isso,
ligou o ônibuse Harry mal
teve tempo de sentar na primeira cama que viu pela frente, exatamente a
mesmaem que ele lembrava de
ter sentado na última vez. Dumbledore sentou na cama logo atrás e a viagem
correu tranqüila, Harry tinha uma expressão de profundo enjôo e
Dumbledore dormia como um anjo.
Em meia hora,
Lalau apareceu para acordá-los, tinham chegado em um castelo enorme e muito
bonito... e a expressão de Harry se iluminou quando ele levantou para ver
aquela paisagem...
Dumbledore
levantou-se e tentou levantar Harry, que parecia um pouco fragilizado com a
viagem. Por fim Harry se levantou meiotonto e os dois se despediram de Ernesto e Lalau, que pareciam
entristecidos por estar sozinhos, agora que os últimos passageiros tinham
saído.
Caminharam um
pouco, o malão carregado pela varinha de Dumbledore e a coruja da gaiola
piando alegremente fora dela. Bastou que chegassem à porta e a coruja saiu
de perto dos dois e voou alto até uma das torres e torrinhas do castelo,
voltando dez minutos depois, acompanhada de alguém que pudesse abrir os
portões.
Um homem branco pálido
de cabelos oleosos até os ombros abriu a porta e causou em Harry uma sensação
não muito agradável. O homem arreganhou os dentes e disse:
-Oi,professor Dumbledore. Olá, Potter. Suponho que queiram entrar, então,
por favor...
-Hum,
obrigada Snape... o dormitório do quinto ano está aberto? Harry aqui
precisa descansar... trabalhou muito na casa dos tios, sabe...
-Humpf! – fez Snape numa expressão de desdém – pode ir lá, sim...
Harry pegou
o malão com suas próprias mãos e subiu ao velho salão comunal e se viu
de cara com um pequeno problema: como poderia passar com a senha? Desceu,
então, deixando mala e gaiola na entradae foi à procura de Dumbledore. Mas não o encontrou e ficou zanzando
pelos corredores do terceiro andar, à procura de algum professor conhecido.
Foi então que esbarrou em alguma coisa tão grande e sólida, que o
derrubou no chão.
-Anh , oi Hagrid.
-Harry! O que você faz aqui?! Ainda não começaram as aulas, ou começaram?
– perguntou com uma expressão preocupada. – Não vá me dizer que...
-Não, Hagrid, eu não arranjei um outro carro voador... é que
Dumbledore resolveu me trazer pra cá porque as coisas na casa dos meus tios
está terrível....anh, Hagrid... Você sabe a senha pra entrar no salão
comunal da Grifinória? É que.... o Dumbledore esqueceu de me dizer...
-Hum....a única pessoa
que sabe a senha nova é a professora Minerva McGonagall...e ela está dormindo agora...acho que.... bem.... você poderia ir
dormir comigo lá na minha casa! Eu até poderia ajudar a cuidar da sua
coruja... Edwiges, não é o nome dela?
Harry achou a idéia maravilhosa e seguiu o amigo, com uma troca de
roupa nas mãos e uma Edwiges excitadíssima voando ao lado. Chegaram então
a uma pequena cabana perto de um lago, na orla de uma floresta e entraram.
Um latido ecoou lá de dentro e Hagrid teve gritar para que o cão pudesse
ouvir.
-Calma, Canino!
Sou eu ! – o cão se acalmou e Hagrid pôde falar umpouco mais baixo – trouxe uma visita; oHarry veio dormir aqui!
Canino latiu
animadamente para Harry e Edwiges estremeceu; além de odiar animais
barulhentos ela morria de ciúmes de Harry com outros animais.
A noite teria
sido perfeita para Harry se Edwiges tivesse deixado quieto um furioso
Canino, que tentava dormir, mas acordava com as bicadas irritantes de
Edwiges. Harry acordara às oito horas e tomara um café de primeira, com
direito até a biscoitinhos de Hagrid, cuja culinária havia melhorado
profundamente.
Às dez Harry voltou para o castelo, onde Dumbledore
procurava incessantemente por ele. Após pedir desculpas, Harry perguntou
sobre a senha do salão de Grifinória.
- É... bem
lembrado...tenho que mandar minha coruja à professora Minerva; ela que
cuida disso, sabe… hum, enquanto isso, o que você acha de tomarmos suco
de abóbora e ficarmos ‘a beira do lago... vendo a lula... tomando sol...
e aí? O que acha?
Harry correu
para o banheiro e vestiu uma roupa mais confortável e, por baixo, calção
de banho, para cair no lago. Estava profundamente magoado com todos, pois
ninguém havia lhe dado os parabéns; mesmo estando ali tão perto, parecia
que ninguém havia se lembrado disso.
Assim que chegou
a hora do almoço ele e Dumbledore foram para o salão principal, onde havia
uma única mesa, onde estavam todos os professores e nenhum aluno.
Sentaram-se ‘a mesa e comeram silenciosamente, Harry ainda amargurado por
nem Dumbledore nem Hagrid terem lembrado do seu aniversário e também por não
ter recebido nenhuma correspondência dos seus melhores amigos, Rony Weasleye HermioneGranger.
Harry passara a
tarde sentado nos degraus do saguão de entrada do castelo, observando o
lago e a lula gigante, que boiava confortavelmenteno lago transparente. Então, quando deram seis horas, Harryresolveu tomar um banho para ir comemorar seu aniversário sozinho no
dormitório. De repente a escola pareceu estranhamente quieta e vazia. Nem
os passos dos professores, preocupados em preparar suas aulas, era possível
ouvir. Até Madame Ponfrey saíra da Ala Hospitalar, onde ficara apenas um
cartãozinho, com os dizeres: “Volto em uma hora. Se o ferimento for
grave, acenda uma das velas verdes em cima da cômoda que eu virei
correndo”. Harry, preocupado, começou a procurar gente
em todo canto, mas não achou nada além de corujas
enfurecidas aprocura de seus
donose das fileiras de aranhas
gigantes já familiares.
Tomou seu banho e
vestiu uma roupa limpa. Ao sair do banheiro encontrou, finalmente, alguém.
-Olá, Sr.Potter. Como vão
as coisas? – perguntou-lhe uma mulher de rosto severo.
-É, eu também preciso falar com você sobre o salão Comunal da
Grifinória... vem comigo?
-Ah,
claro...
Andaram e andaram até o velho salão comunal da Grifinória.Na entrada, a mulher gorda do quadro estava trajada elegantemente em
um vestido Rosa de bolinhas.
-Boa
noite... senha?
-Ultra
secreto -disse a
professora McGonagall, e a Mulher Gorda deu espaço para que Harry e a
professora pudessem passar.
O que Harry viu após passar pelo buraco foi impressionante. Estavam
todos ali; os professores (inclusive Snape!),a família Weasleye
a família Granger, arrumados e bonitinhos. O salão estava todo decorado e
uma mesa estava coberta de muitos quitutes de aparência maravilhosa. Harry
saiu abraçando todos que conseguiu, se sentindo muito emocionado e um pouco
culpado por pensar que seus amigos haviam esquecido dele.
A festa durou até
tarde e Rony,Ginae Hermione ficaram na escola para esperar o começo das aulas com o
amigo, que se sentiu muito agradecido por isso. Mione e Gina acabaram
ficando no mesmo dormitório com Harry e Rony, para que ninguém ficasse
sozinho.
Ás três da manhã
Harry foi se deitar e abriu todos os presentes; o de Mione era um
“apagueiro” moderno, o de Rony era um livro chamado “Quadribol na
terra e nos céus” ; Hagrid lhe dera uma caixinha curiosa, de onde saiam
alguns barulhos esquisitose
que Harry mais tarde descobriu serum
filhote de coruja; a Sra. Weasley trouxera um bolo, onde uma mensagem de
felicidades estava escrita caprichosamente em glacê verde. Mas o melhor
presente que Harry recebera só podia mesmo ser de seu padrinho, Sirius
Black. Black não pudera vir ‘a festa, pois era condenado por todos os
bruxos do mundo por um crime que não cometera. Harry recebeu, exatamente
‘as três e meia, um pacote comprido entregue por uma coruja preta enorme,
que parecia extremamente orgulhosa pelo seu feito. Harry abriu o pacote com
curiosidade e tirou de dentro uma coisa que fez Rony soltar um grito de
surpresa.